São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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FBI alerta para ataque com caminhão

DA REDAÇÃO

O FBI (polícia federal dos EUA) disse ontem que terroristas podem usar caminhões-tanque para ataques nos EUA ou contra interesses americanos em outros países. Alvos possíveis seriam escolas judaicas, sinagogas ou depósitos de combustível.
No mais recente de uma série de alertas desde os atentados terroristas de 11 de setembro em Nova York e no Pentágono, fontes do FBI afirmaram que não era possível nomear alvos específicos.
As fontes disseram que o FBI enviou um alerta a policiais e a outros funcionários de serviços de segurança em todo o país sobre a ameaça, citando "informações não corroboradas" que recebera.
Um funcionário do governo dos EUA afirmou que os serviços de segurança devem "contatar os representantes adequados da comunidade judaica local e funcionários de postos de gasolina comerciais ou de empresas de carregamento e entrega de combustível por caminhões e enfatizar a necessidade de relatar qualquer atividade ou pessoa suspeitas".
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse na Flórida: "Toda vez que recebermos qualquer tipo de ameaça que consideremos séria, vamos levá-la a público, e as pessoas devem reagir de acordo".
Outro funcionário do governo afirmou que as pessoas devem ficar atentas, mas não alterar sua rotina. "É só um esforço para contar a todos que recebemos essa informação. Não estamos dizendo às pessoas para mudar sua rotina, para não ir a sinagogas ou escolas", disse. "Estamos dizendo a elas que esses são alvos possíveis e que elas devem ficar atentas. O caminhão de combustível passando perto de você talvez não merecesse sua atenção, mas agora deveria, só por prevenção."
A ameaça não mudou o status de alerta no país, que está há meses em "nível elevado de risco", ou amarelo na escala de cores que mostra a gravidade das ameaças.
Em Nova York, a Patrulha Shomrim, formada por 200 civis desarmados que monitoram os bairros judeus de Crown Heights e Flatbush, no Brooklyn, pareceu não ter dado muita importância ao alerta. O grupo trabalha com a polícia de Nova York.
"De acordo com minha experiência, isso não é uma ameaça", disse Mendel Rosenberg, membro da patrulha. "Eles [o FBI" não deveriam dizer essas coisas. Isso dá idéias às pessoas."
James Hoffa, presidente do sindicato de caminhoneiros, foi ontem à Casa Branca e afirmou que pediria aos 500 mil motoristas de caminhão de sua organização que ficassem atentos a atividades suspeitas nas estradas do país.


Com agências internacionais


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