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Israel erra o alvo e mata dois civis em Gaza
Míssil visava automóvel, mas atingiu uma casa; entre feridos estão duas crianças com menos de um ano
Hatem Moussa/Associated Press
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Palestina se curva sobre corpo da filha, morta na terça em Gaza |
DA REDAÇÃO
Israel errou ontem novamente o alvo, ao tentar destruir
um automóvel que transportava terroristas do Jihad Islâmico, e atingiu com um míssil lançado de helicóptero um domicílio em Gaza, matando dois civis palestinos e ferindo 13.
Com o incidente já são 14 os
civis mortos por engano nos últimos dias. As duas novas vítimas são uma dona-de-casa e
um parente seu, emigrado na
Arábia Saudita. Entre os feridos estão quatro crianças, duas
delas com menos de um ano.
Um porta-voz militar israelense disse que foi aberto um
inquérito para identificar as
causas desses erros sucessivos.
Mas disse também que Israel
não abrirá mão do lançamento
de mísseis sobre pessoas envolvidas no disparo de foguetes de
fabricação doméstica Qassam
sobre civis israelenses.
Anteontem, mísseis israelenses mataram em Gaza duas
crianças e um adolescente.
O grupo islâmico radical Hamas, que controla o governo
palestino, qualificou o ataque
de "crime de guerra".
Nas Nações Unidas, o subsecretário para assuntos políticos, Ibrahim Gambari, apelou
para que Israel não prossiga
nessas operações, em razão das
vítimas civis que elas têm provocado. O alto funcionário lembrou também que no mês passado terroristas palestinos lançaram 176 Qassam sobre alvos
civis israelenses.
Conflito interno
Três pessoas saíram feridas
em confrontos entre facções
palestinas rivais, ontem à noite,
em Gaza. Uma bomba colocada
num automóvel explodiu perto
do QG das forças de segurança
oficiais. O veículo pertencia a
Iasser Dahlan, irmão de um dos
confidentes do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Este, por sua vez, disse ontem na Jordânia que há "indícios" de que seus rivais do Hamas reconhecerão em breve o
direito de Israel à existência.
O grupo islâmico, segundo
Abbas, rejeita "por enquanto" a
proposta feita em prisões israelenses por prisioneiros políticos palestinos, pela qual a região seria dividida entre dois
Estados independentes.
Mas o Hamas, disse o presidente, "poderá aceitar nos próximos dias" essa solução.
Abbas se reunirá amanhã na
cidade jordaniana de Petra com
o primeiro-ministro israelense,
Ehud Olmert, a convite do monarca jordaniano.
Com agências internacionais
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