DA REUTERS

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse ontem que Israel deve atender à moção aprovada anteontem pela Assembléia Geral da organização e destruir o muro que constrói na fronteira com a Cisjordânia e em áreas do próprio território palestino ocupado.
Israel diz que não seguirá a decisão e afirma que o muro é essencial para impedir a ação dos terroristas suicidas palestinos.
A Assembléia -sem poder executivo- adotou uma resolução que exige que Israel respeite a decisão da Corte Internacional de Justiça e destrua a barreira. As decisões da ONU e da corte não são obrigatórias. "Obviamente eles não gostam, mas a própria Suprema Corte de Israel já decidiu que o traçado do muro seja alterado [para atenuar o efeito sobre os palestinos]. Então ninguém pode dizer que a corte está inteiramente errada", declarou Annan.
O Supremo israelense determinou uma mudança de trajeto do muro, mas não questionou a necessidade de sua construção. Os palestinos dizem que a barreira cria uma fronteira unilateral, anexando territórios ocupados.
Annan disse também que o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, deve aproveitar a crise de liderança e promover as profundas reformas pedidas por mediadores internacionais. Já o Parlamento palestino pediu que Arafat aceite a renúncia do premiê Ahmed Korei e crie novo governo com mais poderes.


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