São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TERROR

Refém foi degolado em junho

Riad diz ter achado cabeça de americano

DA REDAÇÃO

A suposta cabeça do americano Paul Johnson, 49, decapitado por militantes da Al Qaeda na Arábia Saudita no mês passado, foi encontrada em um freezer durante uma incursão das forças de segurança sauditas à casa do suspeito de liderar a rede terrorista no país, na noite de anteontem, em Riad.
Na operação -que tinha como alvo o extremista Saleh al Awfi-, dois supostos terroristas foram mortos e outros três, feridos, foram detidos.
Não há certeza se Al Awfi está entre as vítimas. Segundo a agência Reuters, uma fonte da segurança saudita negou que ele estivesse entre os mortos e disse não ter indicação de que estivesse ferido. Outras agências, no entanto, levantam a possibilidade, mas não a confirmam. Há a informação, porém, que sua mulher e seus três filhos tenham sido detidos.
A incursão foi a mais violenta desde a que matou Abdulaziz al Muqrin, predecessor de Al Awfi na liderança da célula da Al Qaeda no reino. Al Muqrin foi morto em junho, no mesmo dia em que Paul Johnson foi decapitado.
A suposta cabeça do engenheiro da Lockheed Martin foi achada poucos dias antes de terminar o período de anistia concedida por Riad. O prazo para que os terroristas se entreguem e escapem da pena de morte acaba amanhã -apenas quatro se renderam.
A porta-voz da embaixada americana em Riad, Carol Kalin, declarou que as autoridades sauditas informaram que teriam encontrado "o que acreditam ser a cabeça de Paul Johnson". Kalin disse que a família do refém está sendo notificada para que seja feita a identificação. Nos EUA, o filho de Johnson afirmou não ter recebido nenhuma confirmação oficial de que a cabeça seja de seu pai. O resto do corpo ainda não foi localizado.
O engenheiro foi degolado no dia 18 de junho, após ter sido mantido como refém por quase uma semana. Os extremistas cumpriram a ameaça de matá-lo caso membros da Al Qaeda presos não fossem libertados.
A rede terrorista vem travando há mais de um ano uma batalha contra a Casa de Saud e contra ocidentais no país. Mais de 90 pessoas já morreram em decorrência dos ataques nesse período.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Impopularidade de Chirac e premiê é recorde
Próximo Texto: Oriente Médio: Kofi Annan diz que Israel deve destruir muro
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.