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TERROR
Refém foi degolado em junho
Riad diz ter achado cabeça de americano
DA REDAÇÃO
A suposta cabeça do americano
Paul Johnson, 49, decapitado por
militantes da Al Qaeda na Arábia
Saudita no mês passado, foi encontrada em um freezer durante
uma incursão das forças de segurança sauditas à casa do suspeito
de liderar a rede terrorista no país,
na noite de anteontem, em Riad.
Na operação -que tinha como
alvo o extremista Saleh al Awfi-,
dois supostos terroristas foram
mortos e outros três, feridos, foram detidos.
Não há certeza se Al Awfi está
entre as vítimas. Segundo a agência Reuters, uma fonte da segurança saudita negou que ele estivesse entre os mortos e disse não
ter indicação de que estivesse ferido. Outras agências, no entanto,
levantam a possibilidade, mas
não a confirmam. Há a informação, porém, que sua mulher e seus
três filhos tenham sido detidos.
A incursão foi a mais violenta
desde a que matou Abdulaziz al
Muqrin, predecessor de Al Awfi
na liderança da célula da Al Qaeda
no reino. Al Muqrin foi morto em
junho, no mesmo dia em que Paul
Johnson foi decapitado.
A suposta cabeça do engenheiro
da Lockheed Martin foi achada
poucos dias antes de terminar o
período de anistia concedida por
Riad. O prazo para que os terroristas se entreguem e escapem da
pena de morte acaba amanhã
-apenas quatro se renderam.
A porta-voz da embaixada americana em Riad, Carol Kalin, declarou que as autoridades sauditas informaram que teriam encontrado "o que acreditam ser a
cabeça de Paul Johnson". Kalin
disse que a família do refém está
sendo notificada para que seja feita a identificação. Nos EUA, o filho de Johnson afirmou não ter
recebido nenhuma confirmação
oficial de que a cabeça seja de seu
pai. O resto do corpo ainda não
foi localizado.
O engenheiro foi degolado no
dia 18 de junho, após ter sido
mantido como refém por quase
uma semana. Os extremistas
cumpriram a ameaça de matá-lo
caso membros da Al Qaeda presos não fossem libertados.
A rede terrorista vem travando
há mais de um ano uma batalha
contra a Casa de Saud e contra
ocidentais no país. Mais de 90
pessoas já morreram em decorrência dos ataques nesse período.
Com agências internacionais
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