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IRAQUE SOB TUTELA
Grupo exige retirada da empresa que emprega os reféns e de outros civis indianos, quenianos e egípcios
Terroristas seqüestram mais 6 estrangeiros
DA REDAÇÃO
Um grupo terrorista anunciou
ontem a captura de seis civis estrangeiros no Iraque, um dia depois de chegar ao fim o seqüestro
de um filipino que culminou na
retirada da tropa de 51 soldados
de Manila do país. O grupo ameaçou decapitar um refém a cada 72
horas, a partir das 20h de ontem
(hora local), caso a empresa para
a qual eles trabalham, do Kuait,
não deixe o Iraque.
"Anunciamos que capturamos
dois quenianos, três indianos e
um egípcio. Exortamos sua companhia a sair e a fechar seus escritórios no Iraque", diz um dos homens armados e mascarados que
aparecem no vídeo divulgado pelo canal Al Arabiya, de Dubai.
O grupo, auto-intitulado "Cavaleiros Negros", exige também que
Índia, Quênia e Egito retirem todos os seus cidadãos do Iraque
-nenhum dos três enviou militares para participar da força multinacional liderada pelos EUA,
mas todos têm civis trabalhando
na reconstrução.
Diplomatas egípcios confirmaram o seqüestro do caminhoneiro
Mohammed Ali. Na segunda-feira, outro caminhoneiro egípcio
foi solto depois que a empresa
saudita para a qual ele trabalha
concordou em deixar o Iraque.
Um dia após sua libertação, o
caminhoneiro Angelo de la Cruz
chegou a Abu Dhabi (Emirados
Árabes Unidos), onde reencontrou sua mulher, Arsenia, antes de
seguir para as Filipinas. Autoridades americanas e iraquianas criticaram a concessão feita aos seqüestradores pelo governo filipino, argumentando que ela estimularia novos seqüestros.
"A decisão do governo filipino
só aumentou o perigo para os demais", disse o premiê polonês,
Marek Belka.
A Polônia e a Bulgária, membros da coalizão liderada pelos
EUA, foram citadas como alvos
de ataques futuros em um comunicado divulgado na internet por
um grupo chamado Tawhid. Mas
tanto Varsóvia, que tem 2.400 militares no Iraque, quanto Sófia,
que tem 480, reiteraram que manterão suas forças do Iraque.
Em outros incidentes no país,
quatro pessoas morreram quando um carro-bomba explodiu em
um bairro residencial de Bagdá.
Não ficou claro qual era o alvo do
ataque. Outros dois iraquianos
foram mortos em um ataque insurgente com foguetes na capital.
Em Ramadi, a oeste de Bagdá,
confrontos entre soldados americanos e insurgentes resultaram na
morte de pelo menos cinco iraquianos, segundo funcionários de
hospitais locais, e em Duluiya
(norte), um soldado dos EUA
morreu quando uma bomba improvisada atingiu o veículo em
que ele estava. É a quinta baixa
dos EUA em menos de 48 horas e,
segundo a contagem da agência
Associated Press, a 900ª desde o
início da guerra, em março de
2003. Outras agências, no entanto, registram um número menor.
Reunião de segurança
Os países vizinhos do Iraque
anunciaram que promoverão
uma reunião de representantes
governamentais para trocar informações e discutir questões de
segurança e inteligência, sobretudo a infiltração de insurgentes pelas fronteiras iraquianas. O encontro ocorrerá em Teerã, mas a
data ainda não foi escolhida.
Com agências internacionais
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