CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília

A audiência da cobertura do desaparecimento de John Kennedy Jr. das emissoras de TV especializadas em jornalismo nos EUA superou a da morte da princesa Diana, em agosto de 1997.
O número de pessoas que assistiram às redes CNN, MSNBC e Fox News foi 500% maior do que a média da audiência das três emissoras no mês de julho.
Para a MSNBC e para a Fox News, o público que viu sua cobertura do acidente com Kennedy foi o maior que já tiveram.
No caso da CNN, Kennedy lhe deu a segunda maior audiência de sua história (o recorde ainda é a Guerra do Golfo, em 1991, quando não tinha concorrência).
As redes de TV de sinal aberto também registraram significativos aumentos de audiência.
No último fim-de-semana, houve 1,6 milhão a mais de residências nos EUA sintonizadas na programação jornalística de ABC, CBS e NBC do que no terceiro fim-de-semana de julho de 1998.
Os programas dominicais de documentários das três redes, que no domingo passado foram monopolizados por Kennedy, conseguiram índices de público muito superiores aos usuais para esta época do ano.
Os telejornais de sábado tiveram o dobro de espectadores que costumam ter em julho.

Revistas
As revistas semanais de informação também registraram grandes aumentos de venda.
Todas elas tinham outros assuntos nas capas, mas resolveram mudá-las, às pressas, para colocar Kennedy.
A "U.S.News and World Report" chegou a destruir 2 milhões de exemplares já impressos para fazer a substituição.
A decisão dos editores de "Time", "Newsweek" e "U.S. News" foi tomada em razão da experiência com a morte de Diana.
O acidente que matou a princesa ocorreu num fim-de-semana, como o de Kennedy. As revistas não tiveram tempo para trocar suas capas e perderam público. Algumas chegaram a lançar edições extras para compensar.
Apesar do sucesso de público, os meios de comunicação estão sendo atacados pelo que muitos consideram exagerada atenção para o acidente e exploração da vida particular de Kennedy.


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