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Brasil reitera apoio
a "uma só China"
da Sucursal de Brasília
O governo brasileiro acha que
as recentes declarações de dirigentes de Taiwan sobre a natureza
das negociações entre aquela ilha
e a China introduziram "um elemento negativo" no processo.
O porta-voz do Itamaraty, Marcos Galvão, disse que, ao estabelecer relações diplomáticas com o
governo de Pequim em 1974, o
Brasil endossou "o princípio de
uma só China" e reconheceu a República Popular da China como
seu único governo legal.
Segundo Galvão, as afirmações
de Lee Teng-hui, presidente de
Taiwan, e outras autoridades da
ilha parecem indicar que sua linha política em relação a Pequim
pode estar sendo alterada.
"Eles dão a entender que, para
Taiwan, não haveria mais necessidade de seguir o princípio de uma
só China", afirmou Galvão.
A consequência dessa afirmação seria que poderiam coexistir
"uma China e uma Taiwan ou
duas Chinas", disse ele.
O governo brasileiro afirma estar acompanhando "com atenção" o desenrolar dos acontecimentos, uma vez que julga ser do
interesse "de todas as partes" a
manutenção da paz e da estabilidade naquela região.
Galvão também declarou que o
Brasil está "convicto de que o encaminhamento da questão de
Taiwan é da alçada exclusiva do
povo chinês".
Quando reconheceu o governo
de Pequim como o único da China, o Brasil também aceitou sua
reivindicação de que Taiwan é
parte inalienável de seu território.
O país vinha apoiando o processo de aproximação entre os governos de Taiwan e da China que
parecia estar conduzindo a alguma fórmula de reintegração do
território da ilha à China. A China
ameaça invadir Taiwan caso a ilha
declare independência em relação
a Pequim.
(CELS)
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