DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O velório de Sérgio Vieira de Mello, morto no atentado de terça-feira contra o prédio da ONU em Bagdá, deverá acontecer apenas no domingo. O avião do governo brasileiro que foi buscar o corpo do chefe da missão das Nações Unidas do Iraque não pôde decolar ontem de Genebra para Bagdá devido à legislação suíça.
Segundo o Itamaraty, a Suíça proíbe a decolagem e o pouso de aviões durante um certo período da noite. O avião, conhecido como "sucatão", estava programado para chegar a Bagdá hoje pela amanhã, onde pegaria o corpo do brasileiro e de outros cinco funcionários da ONU vítimas do atentado.
Hoje mesmo, o avião, que serviu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) até a metade do segundo mandato, deve voltar para Genebra, onde deixará os corpos dos cinco funcionários.
Não se sabe ainda se haverá tempo para que o avião volte ao Brasil hoje. É provável que aeronave só consiga deixar Genebra amanhã. Se for confirmada essa agenda, o corpo chegaria ao Rio apenas na noite de sábado.
Por meio de sua assessoria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já disse que pretende ir ao velório do brasileiro que mais se destacou dentro da ONU. A ida de Lula, no entanto, depende do horário do velório. Às 15h, no domingo, ele faz um viagem ao Peru.
Ontem, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Collin Powell, conversou por telefone duas vezes com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Segundo o Itamaraty, além das condolências, Powell comunicou ao ministro que os EUA estavam tomando todas as medidas possíveis para facilitar a retirada do corpo de Vieira de Mello de Bagdá. Powell também informou que as bandeiras norte-americanas nas embaixadas dos EUA estavam hasteadas a meio mastro em homenagem a Vieira de Mello.


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