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GUERRA SEM LIMITES
Saudita seria ligado a Bin Laden e teria planejado ataques contra navio no Iêmen e embaixadas na África
EUA anunciam prisão de líder da Al Qaeda
DA REDAÇÃO
Os EUA anunciaram ontem
que prenderam Abd al Rahim al
Nashiri, acusado de ter fortes vínculos com o líder da Al Qaeda,
Osama bin Laden, e de ter participado diretamente do atentado ao
destróier americano USS Cole,
em 2000, num porto do Iêmen.
As autoridades americanas
também acreditam que ele tenha
ajudado a treinar os terroristas
envolvidos nas explosões das embaixadas americanas no Quênia e
na Tanzânia, em 1998.
"Ele é um alto planejador operacional da Al Qaeda para a península Arábica e foi capturado nas últimas semanas", disse um funcionário do Pentágono. "Ele está
sob custódia americana em um
local não-identificado", disse.
Não foram dados detalhes de
quando, como e onde o acusado
foi capturado. Segundo funcionários americanos, ele foi preso há
algumas semanas e somente agora foi identificado.
Al Nashiri, nascido em Meca, na
Arábia Saudita, estava entre os
dez principais líderes da Al Qaeda
mais procurados pelas autoridades americanas.
Bin Laden, o líder da Al Qaeda,
que admitiu em vídeo ter sido o
responsável pelos atentados de 11
de setembro do ano passado contra os EUA, permanece em local
desconhecido.
Na semana passada, os EUA
confirmaram que é dele a voz de
uma fita divulgada pela TV Al Jazeera, na qual ele comenta atentados recentes, o que indica que ainda está vivo.
Um semanário iemenita noticiou ontem a prisão de três "perigosos" membros da Al Qaeda pelas autoridades do país nos últimos dias.
Segundo um funcionário não
identificado, os três estariam entre os mais perigosos membros da
rede terrorista no país.
O Iêmen já prendeu dezenas de
supostos terroristas ligados a Bin
Laden desde os atentados de 11 de
setembro. No início de novembro, um míssil disparado por um
avião não-tripulado americano
matou seis supostos membros da
Al Qaeda que viajavam em um jipe no norte do Iêmen.
Ataques a americanos
Uma onda de ataques a alvos
americanos foi registrada no
Oriente Médio nos últimos dias.
Uma missionária americana
morreu no Líbano, dois soldados
dos EUA foram feridos no Kuait,
e uma loja da cadeia de fast food
McDonald's foi destruída na Arábia Saudita.
Os últimos ataques, que acontecem após uma série de atentados
contra alvos americanos em
Kuait, Bahrein, Líbano, Iêmen e
Jordânia, ocorrem em um contexto de ressentimento contra a política americana para a região, considerada excessivamente pró-Israel e hostil aos árabes e aos muçulmanos.
No Kuait, um suboficial da polícia local disparou contra dois soldados americanos, que ficaram
gravemente feridos. O policial fugiu para a Arábia Saudita. Esse foi
o quinto ataque antiamericano no
Kuait em duas semanas -em um
deles, um marine foi morto.
Anteontem, uma lanchonete da
cadeia americana McDonald's foi
incendiada por um homem em
Jarj, no sudeste da Arábia Saudita.
O homem conseguiu fugir.
Os ataques ocorreram no momento em que os EUA se preparam para uma possível ofensiva
contra o Iraque, acusado de desenvolver armas de destruição em
massa.
O Kuait e a Arábia Saudita são
dois dos aliados mais próximos
dos EUA na região desde a Guerra
do Golfo (1991), mesmo após as
críticas feitas aos árabes por americanos, descontentes com a participação saudita na luta contra o
terrorismo.
Com agências internacionais
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