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Turquia rejeita negociação
da Redação
A Turquia nunca negociaria com
o Partido dos Trabalhadores do
Curdistão (PKK) porque ele tem
"as mãos cheias de sangue", segundo o premiê Mesut Yilmaz.
"Vampiro", "terrorista sanguinário" e "traidor" são os adjetivos
mais usados pelo país para designar o líder curdo Abdullah Ocalan.
"Não temos nada a negociar com
uma organização terrorista", disse
o chanceler turco, Ismail Cem.
Yilmaz declarou que a Itália "seria cúmplice de assassinato em
massa se não extraditasse Ocalan"
e exortou os turcos que vivem na
Europa a promoverem uma campanha para sua entrega.
O governo turco autorizou o envio de faxes gratuitamente à Itália
para pedir a extradição de Ocalan.
Guerra comercial
Os turcos estão boicotando as
mercadorias da Itália para pressionar o país a extraditar Ocalan.
Mais de 130 empresas italianas têm
investimentos diretos na Turquia.
Frutas italianas foram destruídas
em mercados de Istambul, e a federação de lojistas do setor de sapatos anunciou que não venderá
mais sapatos italianos.
Dezenas de pessoas se reuniram
diante da Benetton para exigir um
boicote aos produtos italianos. Em
Istambul, lojas colocaram cartazes
na vitrina que dizem: "Não vendemos móveis italianos".
Empresas italianas como a Barilla (alimentos) e a GD (mecânica),
que atuam na Turquia, manifestaram a Roma sua preocupação com
o clima de hostilidade contra os
italianos vigente no país.
(PDF)
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