São Paulo, domingo, 22 de novembro de 1998

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Turquia rejeita negociação

da Redação

A Turquia nunca negociaria com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) porque ele tem "as mãos cheias de sangue", segundo o premiê Mesut Yilmaz.
"Vampiro", "terrorista sanguinário" e "traidor" são os adjetivos mais usados pelo país para designar o líder curdo Abdullah Ocalan.
"Não temos nada a negociar com uma organização terrorista", disse o chanceler turco, Ismail Cem.
Yilmaz declarou que a Itália "seria cúmplice de assassinato em massa se não extraditasse Ocalan" e exortou os turcos que vivem na Europa a promoverem uma campanha para sua entrega.
O governo turco autorizou o envio de faxes gratuitamente à Itália para pedir a extradição de Ocalan.

Guerra comercial Os turcos estão boicotando as mercadorias da Itália para pressionar o país a extraditar Ocalan. Mais de 130 empresas italianas têm investimentos diretos na Turquia.
Frutas italianas foram destruídas em mercados de Istambul, e a federação de lojistas do setor de sapatos anunciou que não venderá mais sapatos italianos.
Dezenas de pessoas se reuniram diante da Benetton para exigir um boicote aos produtos italianos. Em Istambul, lojas colocaram cartazes na vitrina que dizem: "Não vendemos móveis italianos".
Empresas italianas como a Barilla (alimentos) e a GD (mecânica), que atuam na Turquia, manifestaram a Roma sua preocupação com o clima de hostilidade contra os italianos vigente no país. (PDF)



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