da Redação

Abdullah Ocalan abandonou seus estudos de ciência política na Universidade de Ancara (capital da Turquia) no final dos anos 60 para se dedicar à formação de um grupo político nacionalista curdo.
O líder curdo nasceu numa família de camponeses em Ömerli, no sudeste da Turquia (região reivindicada pelos curdos), e formou suas idéias separatistas durante as décadas de 70 e 80 -período marcado por violência e sucessivos golpes militares no país.
Em 1978, Ocalan, também conhecido como "Apo" (tio, em curdo), fundou o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão). Desde 1984, o grupo luta por uma região autônoma para os curdos.
Em 14 anos de conflitos entre membros do PKK e forças de segurança do governo turco, pelo menos 29 mil pessoas morreram, incluindo rebeldes, militares e civis.
Misturando marxismo e nacionalismo, o líder separatista concentra sua guerrilha nas montanhas do sudeste da Turquia.
"Ainda que 100 mil pessoas morram neste ano, nosso movimento não pode acabar", declarou, em 1992, a um jornal turco.
"Os curdos têm uma relação divina comigo. Estão prontos a morrer por mim se eu ordenar", disse.
Desde 1993, Ocalan tem reduzido as reivindicações por um Estado independente e afirmado que o conflito terminaria se a Turquia concedesse autonomia aos curdos e respeitasse sua cultura e sua língua. Nesse caso, convenceria o PKK a abandonar as armas. (PDF)



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