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Missão de Haia traz 33 empresas ao Brasil
do enviado a Haia
O premiê Wim Kok vem ao Brasil
chefiando uma missão comercial
composta por representantes de 33
empresas holandesas.
Entre elas, estão algumas das
mais conhecidas, como a Shell e o
banco ABN Amro. Mas há também
estaleiros, empresas de estrutura
portuária, de alimentação e de serviços de engenharia.
O premiê assinará dois acordos
bilaterais: um sobre cooperação
em agricultura; o outro, de proteção a investimentos holandeses no
Brasil, que garante, por exemplo,
que eles não serão estatizados.
Várias empresas da comitiva já
operam com o Brasil, mas gostariam de ampliar as relações comerciais. Algumas, como a Arcadis, especializada em engenharia ambiental, procuram parceiros para
formar joint ventures.
A Folha, a convite do governo
holandês, visitou algumas delas. E
constatou que, apesar do interesse
despertado pelo Mercosul, as empresas têm grandes dúvidas quanto ao futuro próximo da região, devido à crise econômica.
Isso afeta principalmente aquelas que operam ou desejam operar
com o governo ou empresas estatais. Os cortes previstos no Orçamento para reduzir o déficit vão limitar a capacidade de investimento do governo.
Segundo o diretor de um banco
que opera no Brasil, a tendência
das empresas holandesas agora é
"esperar para ver".
Há incertezas também quanto ao
caráter do Mercosul, especialmente em relação ao protecionismo,
que favoreceria empresas instaladas na região.
Segundo o governo holandês,
companhias do país têm reclamado de discriminação.
A Holanda é um dos poucos países com os quais o Brasil tem um
grande superávit comercial. De janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou US$ 1,05 bilhão e importou
US$ 491 milhões.
(HS)
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