São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 2000
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CHILE Juiz quer ouvir Pinochet na quarta-feira O juiz Juan Guzmán, responsável pela investigação sobre violações dos direitos humanos durante o regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990), anunciou que interrogará o general na quarta-feira. O ex-ditador chileno deverá ser submetido a exames psiquiátricos e neurológicos em 22 de janeiro, mas seus advogados querem que os testes sejam feitos antes do interrogatório. O ex-ditador é acusado de ter sido o "autor intelectual" da Caravana da Morte, um grupo de oficiais do Exército que fuzilou ou fez desaparecer 75 presos políticos em cinco cidades do Chile em outubro de 1973, um mês após o golpe que derrubou o presidente socialista Salvador Allende. A defesa de Pinochet queria que os exames antecedessem o interrogatório. Anteontem, porém, a Suprema Corte do Chile determinou a data dos testes e deu ao juiz Guzmán até 20 dias para interrogar o acusado. "Apresentamos um pedido escrito ao juiz Guzmán para que testes médicos sejam realizados na próxima terça, de modo que sejam levados em conta no momento do interrogatório", disse ontem Miguel Schweitzer, um dos advogados de Pinochet. O Supremo também decidiu anteontem rejeitar o recurso contra o habeas corpus concedido ao general pela Corte de Apelações. O veredicto não elimina, entretanto, a possibilidade de prisão de Pinochet. Apenas atrasa o processo contra o ex-ditador. Pinochet, 85, foi ontem ao Hospital Militar de Santiago e passou duas horas no local. De acordo com a agência de notícias "Associated Press", fez um tratamento dental habitual e aproveitou para verificar a pressão, alterada por causa da diabetes. A "EFE", porém, afirmara mais cedo que Pinochet havia sentido uma "fraqueza" e que faria um exame de caráter vascular. "Vão examinar fundamentalmente a parte cardíaca", afirmou à agência o porta-voz do general. Texto Anterior: Argentina: Guerrilheiros de La Tablada perdem apelação Próximo Texto: EUA: Bush deixa governo do Texas e se diz "ansioso" Índice |
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