de Washington


As primeiras pesquisas de opinião pública feitas após a di vulgação do ca so Monica Le winsky mos tram que Bill Clinton ainda mantém seu "poder de teflon" (expressão usada por que nada contra ele gruda).
A avaliação de seu desempenho como presidente continua alta (62% de aprovação) e, embora 54% dos entrevistados achem que ele teve um caso com Lewinsky, menos da metade acreditam que tenha cometido algum crime.
Ainda mais impressionante: mesmo que todas as acusações contra Clinton se provem verda deiras, os norte-americanos se di videm igualmente quanto ao casti go que lhe deveria ser imposto: 46% dizem que ele deveria sofrer impeachment, e 46%, que não.
Mas 72% acreditam que obstruir a Justiça é assunto relevante para o julgamento que fazem de Clinton, e 67%, que o fato de Clinton men tir sob juramento é importante.
Tem sido sempre assim com esse presidente. A maioria dos norte-a mericanos diz que não confia, não acredita nele. Mas, provavelmente porque a economia vai muito bem, acha que ele faz um bom trabalho.
Para justificar essa contradição, muitos norte-americanos, em ge ral conservadores e moralistas, classificam as faltas de Clinton co mo simples pecadilhos ou erros enterrados num passado distante.
Os norte-americanos não admi ram Clinton, mas lhe são gratos pelos bons tempos que seu gover no lhes parece ter trazido.
Nenhum presidente no passado recente, nem mesmo Ronald Rea gan, que era amado pelo público, mereceu tamanha condescendên cia no julgamento dos norte-ame ricanos. Resta ver quanto tempo ainda ela vai durar.



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