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CASO UNABOMBER
Acusado deve trocar confissão por prisão perpétua
Kaczynski aceita fazer acordo
para evitar a pena de morte
de Washington
O matemático Theodore
Kaczynski, suspeito de ser o terrorista Unabomber, resolveu aceitar
um acordo pelo qual vai se declarar culpado em troca da pena de
prisão perpétua em vez de morte.
O julgamento de Kaczynski deveria ter começado ontem. O juiz
do caso havia recusado o pedido de
Kaczynski de ser seu próprio advogado de defesa, apesar de a promotoria e a defesa terem solicitado
que o direito lhe fosse assegurado.
Na semana passada, uma psiquiatra havia atestado que o réu
não sofre de doença mental que o
impeça ou de ser julgado ou de se
defender sozinho. Mas o juiz alegou que a solicitação de autodefesa
fora feita tarde demais e que
Kaczynski demonstrara desejo de
"manipular o julgamento".
O irmão de Kaczynski, David,
que o acusou à polícia federal como o Unabomber, vinha afirmando que só havia denunciado o irmão por ter recebido garantias de
que a pena de morte não seria pedida no seu caso. Mas o governo
federal vinha rejeitando o acordo.
Anteontem à noite, o presidente
Bill Clinton, em entrevista à rede
pública de rádio dos EUA, disse
que, na sua opinião, Kaczynski devia ser julgado pelo júri.
No entanto, a possibilidade de o
julgamento de Kaczynski vir a se
tornar um grande espetáculo de
mídia, capaz de provocar constrangimentos ao sistema legal norte-americano, parece ter pesado
mais e levado os promotores a
aceitar o acordo.
Kaczynski, no entanto, ainda pode vir a ser julgado e condenado à
morte pela Justiça dos Estados onde suas bombas explodiram.
(CELS)
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