DA REUTERS

Os democrata-cristãos (CDA, no poder) venceram ontem a eleição parlamentar na Holanda, superando os seus rivais trabalhistas por pequena vantagem.
Apurados 99% dos votos, as projeções mostravam o CDA ocupando 44 das 150 cadeiras do Parlamento, uma além de sua atual situação. Os trabalhistas (oposição) alcançariam 42 cadeiras, bem acima das 23 obtidas na eleição de maio, marcada pela ascensão do partido de extrema direita Lista Pim Fortuyn -que, agora, foi o maior derrotado.
Os democrata-cristãos rechaçaram uma nova coligação com a Lista Pim Fortuyn. Eles deverão se unir aos liberais, para quem as projeções dão 28 cadeiras, e a um terceiro partido, ainda indefinido. As negociações para formação de governo prometem ser difíceis.
A Lista Pim Fortuyn, que defende leis mais duras contra a imigração e a criminalidade, manterá apenas 6 das 26 cadeiras obtidas na eleição de maio.
A votação realizada ontem fora antecipada devido ao colapso da coalizão formada pelos democrata-cristãos, a extrema direita e os liberais. O motivo foi uma disputa entre dois ministros da Lista Pim Fortuyn, o que contribuiu para a erosão do apoio ao partido, pouco conhecido até o ano passado.
Durante a campanha, tanto os democrata-cristãos quanto os trabalhistas assumiram algumas das propostas da extrema direita.
O resultado mostra que a Holanda, um dos países mais ricos da Europa, quer pôr fim à instabilidade política, elegendo um governo de partidos tradicionais.