São Paulo, sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

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IRAQUE OCUPADO

Para general, ameaça "é esporádica'; Pentágono abre licitação para substituir Halliburton

Ataques matam 7 iraquianos e 2 americanos

DA REDAÇÃO

Ataques no Iraque mataram ontem nove pessoas -cinco civis e dois policiais iraquianos e dois soldados dos EUA-, indício de que a violência no país, embora atenuada, não foi controlada.
Apesar dos incidentes, o comandante da 4ª Divisão de Infantaria dos EUA, que opera no conturbado Triângulo Sunita (noroeste do Iraque), está otimista. O general Ray Odierno disse que "a ameaça continua, mas é esporádica" devido à detenção de alguns líderes da insurgência pelos EUA e da captura do ex-ditador Saddam Hussein, em dezembro.
"A captura de Saddam foi uma importante derrota moral e psicológica para os inimigos", disse. "Acho que, dentro de seis meses, poderemos ter um cenário de maior normalidade."
Segundo Odierno, o número de informantes e colaboradores iraquianos vem aumentado, embora eles tenham se tornado um alvo visado pelos insurgentes.
Das vítimas de ontem, quatro eram iraquianas que trabalhavam na lavanderia da base militar americana em Habbaniyah, a oeste de Bagdá. O microônibus que as levava ao trabalho foi emboscado, na vizinha Fallujah, por quatro homens em um carro, que atiraram contra as passageiras -a maioria delas cochilava. O motorista e outras cinco lavadeiras escaparam com ferimentos.
Em um posto de controle entre Fallujah e Ramadi, também no Triângulo Sunita, dois policiais iraquianos foram mortos e três foram feridos por homens que atiraram de dentro de uma van.
Em Diwaniya (sul), um membro da Guarda Civil Espanhola foi ferido com um tiro na cabeça em uma operação para capturar um suspeito de terrorismo e corre risco de morte. Em Basra, um homem matou o filho de um membro do extinto partido Baath.
Já o incidente envolvendo os soldados ocorreu em Baquba, a nordeste de Bagdá. Insurgentes dispararam morteiros contra um acampamento militar americano, matando dois soldados e ferindo um terceiro. Desde a invasão do Iraque, em 20 de março, morreram 505 soldados dos EUA.

Halliburton
O Pentágono anunciou a abertura de uma licitação por três contratos de fornecimento de combustível no Iraque. Em março, os contemplados substituirão a Halliburton -empresa que, até 2000, era dirigida pelo vice-presidente, Dick Cheney, e que é auditada por superfaturamento.


Com agências internacionais

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