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ORIENTE MÉDIO
Embaixador Celso Amorim presidiria novo programa
Brasil pode chefiar comissão da ONU para vistoriar o Iraque
das agências internacionais
O Brasil pode encabeçar um novo programa do Conselho de Segurança da ONU para inspeções de
desarmamento e da situação humanitária no Iraque.
As delegações de Argentina e Canadá no organismo internacional
propõem a criação de uma nova
comissão encarregada de observar
os resultados dos mais de sete anos
de embargo ao regime do ditador
Saddam Hussein.
O embaixador argentino na
ONU, Fernando Enrique Petrella,
propôs que um país integrante do
Conselho de Segurança coordenasse a iniciativa.
Ele sugeriu que o embaixador
brasileiro, Celso Amorim, atual
presidente do Conselho de Segurança, seja escolhido para presidir
a comissão. O representante canadense, Robert Fowler, disse que a
indicação de Amorim conta com
amplo apoio internacional.
"Muitas delegações acham que a
proposta, com a inclusão do embaixador Amorim, tem muitas
chances de ser aprovada", afirmou
Fowler à agência "Efe".
O objetivo da proposta seria analisar a informação recolhida pela
Unscom (comissão da ONU para o
desarmamento do Iraque) e estudar como completar as inspeções
antes de qualquer nova resolução
sobre a situação iraquiana.
A idéia já conta com respaldo do
Reino Unido. O embaixador britânico, Jeremy Greenstock, disse que
se trata de "uma forma absolutamente lógica de examinar o material reunido pela Unscom".
A ONU impôs um embargo econômico a Bagdá em 1990, quando
Saddam Hussein invadiu o Kuait
-ação que levou à Guerra do Golfo, em janeiro de 1991.
As sanções só podem ser levantadas quando o Conselho de Segurança considerar encerrado o desarmamento dos arsenais químicos e biológicos do Iraque.
A comissão da ONU deixou o
Iraque em dezembro, pouco antes
de ataque aéreo de EUA e Reino
Unido ao país.
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