São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 1999

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ORIENTE MÉDIO
Embaixador Celso Amorim presidiria novo programa
Brasil pode chefiar comissão da ONU para vistoriar o Iraque

das agências internacionais

O Brasil pode encabeçar um novo programa do Conselho de Segurança da ONU para inspeções de desarmamento e da situação humanitária no Iraque.
As delegações de Argentina e Canadá no organismo internacional propõem a criação de uma nova comissão encarregada de observar os resultados dos mais de sete anos de embargo ao regime do ditador Saddam Hussein.
O embaixador argentino na ONU, Fernando Enrique Petrella, propôs que um país integrante do Conselho de Segurança coordenasse a iniciativa.
Ele sugeriu que o embaixador brasileiro, Celso Amorim, atual presidente do Conselho de Segurança, seja escolhido para presidir a comissão. O representante canadense, Robert Fowler, disse que a indicação de Amorim conta com amplo apoio internacional.
"Muitas delegações acham que a proposta, com a inclusão do embaixador Amorim, tem muitas chances de ser aprovada", afirmou Fowler à agência "Efe".
O objetivo da proposta seria analisar a informação recolhida pela Unscom (comissão da ONU para o desarmamento do Iraque) e estudar como completar as inspeções antes de qualquer nova resolução sobre a situação iraquiana.
A idéia já conta com respaldo do Reino Unido. O embaixador britânico, Jeremy Greenstock, disse que se trata de "uma forma absolutamente lógica de examinar o material reunido pela Unscom".
A ONU impôs um embargo econômico a Bagdá em 1990, quando Saddam Hussein invadiu o Kuait -ação que levou à Guerra do Golfo, em janeiro de 1991.
As sanções só podem ser levantadas quando o Conselho de Segurança considerar encerrado o desarmamento dos arsenais químicos e biológicos do Iraque.
A comissão da ONU deixou o Iraque em dezembro, pouco antes de ataque aéreo de EUA e Reino Unido ao país.



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