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ORIENTE MÉDIO
Novo ataque ocorreu ontem, enquanto autoridades admitem fracasso de EUA e Reino Unido na ofensiva anterior
Bombardeio contra o Iraque errou maioria dos alvos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Reino Unido e EUA voltaram a
atacar ontem o Iraque, enquanto
autoridades do Pentágono (comando militar norte-americano)
reconheceram que o bombardeio
da aliança ocidental ao país na semana passada não atingiu nem
metade dos alvos.
A ofensiva de sexta-feira passada foi a primeira contra alvos próximos de Bagdá (capital) em mais
de dois anos. O fracasso da ação
constrangeu as autoridades norte-americanas de Defesa, que
apontaram uma "eficiência de
100%" nas 66 vezes em que os
mísseis JSOW, tipo AGM -154A,
foram empregados.
Apenas oito radares iraquianos,
entre mais de duas dezenas, sofreram danos. Oito deles "não sofreram nada", indicou uma autoridade sob a condição de anonimato. Outra fonte disse que a maioria dos mísseis caiu cerca de 45
metros longe do alvo, mas afirmou que não dispunha de informações sobre o estado dos cinco
ou seis radares restantes.
Embora a causa da falta de precisão não tenha sido revelada,
suspeita-se de que tenha havido
falhas no programa utilizado pelo
sistema que guia os mísseis.
De acordo com as autoridades
iraquianas, o bombardeio fez três
mortos e 30 feridos.
Os militares britânicos e norte-americanos afirmaram que houve
um novo bombardeio ontem porque as baterias antiaéreas do Iraque atacaram um dos aviões da
aliança ocidental que patrulham a
área de exclusão aérea no norte do
país. O ataque do Iraque teria sido
orientado por radares.
O presidente norte-americano,
George W. Bush, considerou
"bem-sucedido" o ataque da semana passada e, sobre a ofensiva
de ontem, reiterou que os EUA
não permitirão que o ditador iraquiano, Saddam Hussein, ameace
os países da região. "Não toleraremos que ele desenvolva armas de
destruição em massa", disse.
Bush acrescentou que, se for
constatada um produção bélica
desse tipo no Iraque, haverá "consequências".
O presidente mencionou ainda
uma "preocupante" suposta ajuda de técnicos da China no desenvolvimento da defesa iraquiana.
"Minha administração está enviando a resposta apropriada aos
chineses", declarou.
A reativação das sanções impostas ao Iraque pela ONU em
1990 deverá estar entre os principais objetivos da viagem de quatro dias ao Oriente Médio que o
secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, inicia hoje.
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