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IRAQUE OCUPADO
Secretário vê tropas pela 4ª vez em 11 meses
Rumsfeld vê ação da Al Qaeda em ataques; líder sunita é assassinado
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, voltou a
acusar a rede terrorista Al Qaeda,
responsável pelo 11 de Setembro,
de participar da onda de atentados no Iraque. A violência pós-guerra teve continuidade ontem
com o anúncio do assassinato de
um líder sunita em Bagdá.
As declarações do secretário da
Defesa foram feitas quando ele
desembarcou no Kuait para uma
visita surpresa às bases americanas no golfo Pérsico, a quarta desde que os EUA lideraram a invasão do Iraque, em março do ano
passado.
"Eles estão claramente envolvidos nessa atividade", afirmou
Rumsfeld ao ser indagado se a Al
Qaeda participava dos ataques
ocorridos no Iraque. Na sexta-feira, o Pentágono declarara não ter
provas de que os militantes islâmicos estrangeiros detidos no Iraque tivessem vínculo com a rede
de Osama bin Laden.
Além de acusar a Al Qaeda, o secretário afirmou que a democracia seria instaurada apesar da "desordem" no Iraque e disse que a
"tentativa dos terroristas" de prejudicar a transição, comandada
pelos EUA, fracassaria.
Os EUA fixaram 30 de junho para a devolução da soberania iraquiana, mas, com o aval da ONU,
dizem não haver condição de o
país promover eleições diretas até
lá. Hoje o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, deve divulgar
um relatório sobre a transição.
Violência sectária
"Temos informação de que os
terroristas estão tentando fomentar confrontos entre os grupos religiosos e étnicos", disse Rumsfeld, referindo-se a uma carta
apreendida em janeiro e atribuída
a um jordaniano que opera no
Iraque -na qual ele pede à Al
Qaeda ajuda para promover uma
guerra civil e impedir a transição.
A carta propunha ataques contra a maioria xiita, reprimida pelo
ex-ditador Saddam Hussein, a
fim de voltá-la contra os sunitas.
Dezenas de autoridades sunitas
se reuniram na capital para o enterro do xeque Thamer Suleiman
al Zari, assassinado na noite de sábado, na porta de sua casa, em
Bagdá. Os tiros foram disparados
à queima-roupa por desconhecidos. Em Mossul (norte), mais dois
iraquianos foram mortos em ataques da insurgência.
Com agências internacionais
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