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Estudo indica rede mundial de bombas, diz "Times"
DA REDAÇÃO
Um estudo americano sobre o
modo de operação dos terroristas
encontrou indícios da existência
de uma rede global de confecção
de bombas, afirma uma reportagem publicada ontem pelo jornal
"The New York Times". Segundo
ela, os carros-bomba usados em
ataques na África, na Ásia e no
Oriente Médio seguem um mesmo padrão.
"Foram feitas conexões entre as
bombas usadas em diferentes
continentes", disse ao "Times"
um dos especialistas forenses que
participaram das investigações.
"Sabemos que se trata do mesmo
fabricante ou de fabricantes diferentes que seguem as mesmas
instruções."
No estudo, os investigadores
examinaram, por exemplo, fragmentos das centenas de bombas
usadas em ataques no Iraque após
o fim da guerra.
Segundo o jornal, embora muitos especialistas em inteligência
acreditem que a rede terrorista Al
Qaeda, responsável pelo 11 de Setembro, tenha sido enfraquecida
pela guerra ao terror, há indícios
de que ela esteja disseminando
instruções para a confecção de
bombas. Muitos dos fabricantes
de explosivos, diz o "Times", teriam aprendido a confeccionar
bombas improvisadas nos campos de treinamento mantidos pela Al Qaeda, durante os anos 90,
no Afeganistão.
Os investigadores, no entanto,
não disseram haver sinal de que
uma única entidade esteja por
trás da fabricação dos carros-bomba e caminhões-bomba usados em atentados maiores, embora tenham sugerido que não haja
muita gente no mundo com conhecimento para produzi-los.
A investigação foi conduzida
por uma nova força-tarefa do governo americano, o Centro de
Análise de Aparatos Explosivos
Terroristas (Tedac é a sigla em inglês), que começou a operar em
dezembro do ano passado e envolve o FBI, a Agência de Inteligência para a Defesa, a CIA, a
Agência Nacional de Segurança e
o Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo. Até a reportagem do "Times", o trabalho do
grupo vinha se mantendo inédito.
Segundo o FBI (polícia federal
americana), que liderou a força-tarefa, quase 90% dos ataques terroristas contra cidadãos americanos nos últimos cinco anos empregaram bombas improvisadas,
como as estudadas pelo Tedac.
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