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TERROR
Hóspedes são feitos reféns
Rebeldes tchetchenos invadem hotel turco
DA REDAÇÃO
Um grupo de cerca de 20 homens armados invadiu na madrugada de hoje na Turquia (início da noite de ontem em Brasília)
um hotel de luxo em Istambul, fazendo funcionários e hóspedes de
reféns.
De acordo com a agência de notícias turca "Anatolian", a ação foi
realizada em protesto contra as
ofensivas militares da Rússia na
Tchetchênia, república separatista russa.
Ainda segundo a agência, os homens entraram no Swisshotel e
forçaram as pessoas a se deitar no
chão do lobby do edifício, enquanto exigiam falar com o ministro do Interior da Turquia,
Saadettin Tantan. Seriam três ou
quatro reféns, segundo a rede de
TV CNN.
"Sabemos que há hóspedes entre os reféns. Os invasores dizem
ser tchetchenos", afirmou o chefe
da polícia de Istambul, Kazim
Abanoz.
"Eu cheguei ao lobby quando de
repente dois homens, vestidos de
preto, entraram correndo. Houve
tiros e imediatamente eu fugi.
Quando eu estava no jardim, pude ouvir mais tiros", disse um cidadão belga que iria visitar um
hóspede do hotel.
Imagens feitas por emissoras de
TV locais mostraram que pelo
menos um homem armado patrulhava a entrada do Swisshotel e
que os reféns eram obrigados a
caminhar com as mãos para cima.
A polícia cercou o hotel e até o
fechamento desta edição a situação permanecia indefinida.
Segundo a "Anatolian", os invasores do hotel são ligados ao grupo que sequestrou uma balsa no
Mar Negro em 1996. A Turquia
sofreu diversos ataques de rebeldes pró-Tchetchênia nos últimos
anos.
No mês passado, sequestradores que exigiam o fim da guerra
na Tchetchênia tomaram um
avião russo que ia de Istambul a
Moscou e o forçaram a ir para a
Arábia Saudita.
Cerca de 170 reféns foram libertados depois que tropas sauditas
invadiram a aeronave, mas três
pessoas morreram na operação,
incluindo um membro da tripulação e um sequestrador.
Na última sexta-feira, a ONU
condenou a Rússia pelo uso "desproporcional" de força no combate aos rebeldes na Tchetchênia.
A ONU pediu ainda "investigações criminais" para determinar
se homens a serviço de Moscou
estariam cometendo crimes de
guerra na ação.
Com agências internacionais
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