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ORIENTE MÉDIO
Sharon deixaria Gaza mesmo sem OK do Likud
Arafat expulsa do QG de Ramallah terroristas procurados por Israel
DA REDAÇÃO
O presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Iasser Arafat,
expulsou na madrugada de ontem de seu QG, em Ramallah, na
Cisjordânia, um grupo de 21 extremistas procurado por Israel.
O Exército israelense ameaçava
invadir o edifício se os palestinos
continuassem no local. Eles pertencem às Brigadas dos Mártires
de Al Aqsa, o braço terrorista do
Fatah, facção do movimento palestino que Arafat lidera.
Segundo a agência France Presse, Arafat obteve anteontem o
compromisso de cinco extremistas para que deixassem voluntariamente o QG. Os demais 21 resistiam, sob o argumento de que
seriam presos pelos israelenses.
Depois de ouvir seus conselheiros mais próximos, Arafat ordenou que os extremistas saíssem
caso não quisessem ser retirados à
força. Eles deixaram o QG por
volta das 3h.
"Arafat nos abandonou. É um
crime, porque somos membros
do Fatah e ele deveria nos proteger", queixou-se um dos expulsos, Ali Barghuti.
Ainda ontem, em Jerusalém,
um assessor do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse
que ele prosseguiria com o plano
de retirada unilateral de Gaza,
mesmo que o Likud, seu partido,
se oponha à operação.
Sharon convocou para 2 de
maio um referendo entre os 200
mil filiados da agremiação de centro-direita. Pesquisa publicada
ontem demonstra que o partido
prossegue dividido, o que indica
que Sharon pode perder. Mas a
consulta "será apenas indicativa",
disse o assessor, que pediu para
não ser identificado.
Com agências internacionais
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