São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Sharon deixaria Gaza mesmo sem OK do Likud

Arafat expulsa do QG de Ramallah terroristas procurados por Israel

DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, expulsou na madrugada de ontem de seu QG, em Ramallah, na Cisjordânia, um grupo de 21 extremistas procurado por Israel.
O Exército israelense ameaçava invadir o edifício se os palestinos continuassem no local. Eles pertencem às Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, o braço terrorista do Fatah, facção do movimento palestino que Arafat lidera.
Segundo a agência France Presse, Arafat obteve anteontem o compromisso de cinco extremistas para que deixassem voluntariamente o QG. Os demais 21 resistiam, sob o argumento de que seriam presos pelos israelenses.
Depois de ouvir seus conselheiros mais próximos, Arafat ordenou que os extremistas saíssem caso não quisessem ser retirados à força. Eles deixaram o QG por volta das 3h.
"Arafat nos abandonou. É um crime, porque somos membros do Fatah e ele deveria nos proteger", queixou-se um dos expulsos, Ali Barghuti.
Ainda ontem, em Jerusalém, um assessor do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse que ele prosseguiria com o plano de retirada unilateral de Gaza, mesmo que o Likud, seu partido, se oponha à operação.
Sharon convocou para 2 de maio um referendo entre os 200 mil filiados da agremiação de centro-direita. Pesquisa publicada ontem demonstra que o partido prossegue dividido, o que indica que Sharon pode perder. Mas a consulta "será apenas indicativa", disse o assessor, que pediu para não ser identificado.


Com agências internacionais


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