São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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PRESSÃO INTERNA

Liberação ocorreu após apelo na mídia

Soldado volta para ver mãe com doença grave

DA REDAÇÃO

Patrice Confer, mãe de um soldado de 19 anos que está no Iraque, finalmente teve uma boa notícia ontem. Em estado terminal por causa de um câncer, recebeu telefonema do filho, Joseph Wagner, informando que recebeu uma licença especial de duas semanas e viajará de volta para Wisconsin.
Segundo os médicos, Confer tem apenas um mês de vida. Há duas semanas, ficou sabendo que tinha câncer no pâncreas e que a doença já havia passado para o fígado. Então, enviou uma mensagem pela Cruz Vermelha pedindo permissão para que eles se vissem uma última vez. Apesar da urgência do caso, Confer passou todos esses dias sem uma resposta do Exército, e sua espera foi noticiada na edição de ontem do jornal "The New York Times".
"Parece que para eles eu não estou morrendo rápido o suficiente para que autorizem a viagem de meu filho", disse ao "Times" antes de receber o telefonema de ontem.
Na segunda-feira, uma representante da Cruz Vermelha que estava intermediando os contatos entre a família e o Exército disse que os militares haviam negado a permissão para a viagem. "Ela nos disse que a única maneira de soldados irem para casa visitar um parente doente é se a pessoa tiver menos de 30 dias de vida."
O agravamento da insurgência fez com que os EUA decidissem adiar o retorno de 20 mil soldados -atualmente há 135 mil americanos no Iraque. Analistas acreditam que a única maneira de surgir um movimento popular forte nos EUA pela retirada das tropas e contra a guerra é se ele tiver o apoio de parentes de soldados, entre os quais cresce a insatisfação.


Com agências internacionais


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