São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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Berlusconi pagou resgate de reféns, afirma imprensa

DA REDAÇÃO

A imprensa italiana publicou ontem reportagens nas quais afirma que Roma pagou 5 milhões pela libertação de três seguranças italianos seqüestrados no Iraque na semana passada. O premiê Silvio Berlusconi negou, dizendo que houve atraso nas negociações, mas "o pagamento de resgate não foi nem sequer mencionado".
O jornais "Il Messagero" e "La Stampa" citaram o suposto resgate em suas manchetes e afirmaram que os reféns já teriam sido entregues a um intermediário. Já o diário milanês "Corriere della Sera" afirmou que os reféns não foram entregues porque os seqüestradores "subiram o preço".
No Japão, a libertação de três reféns japoneses na semana passada também causa polêmica. Congressistas exigem que os três -dois assistentes humanitários e um jornalista- paguem o equivalente a US$ 4.000 por exames médicos a que foram submetidos após a libertação e outras despesas relacionadas. Além disso, a família dos três -que, segundo o governo, estavam no Iraque por vontade própria- deve fazer um pedido público de desculpas.
Ontem, dois suíços e um árabe israelense capturados nesta semana foram soltos, e a Alemanha afirmou que dois cidadãos seus desaparecidos na semana passada foram encontrados mortos.
Ainda há cerca de 12 estrangeiros nas mãos de grupos extremistas iraquianos, que deram início à onda de seqüestros neste mês para pressionar os aliados dos EUA a deixarem o Iraque.
A Espanha, que começou nesta semana a retirar seus militares do país, anunciou que manterá seus oficiais de inteligência, a pedido dos EUA. Não ficou claro quantos agentes do Centro de Inteligência Nacional da Espanha permanecerão no Iraque, embora se saiba que o contingente é reduzido.

Basra
O número de mortos anteontem em Basra aumentou em cinco, incluindo três crianças. Autoridades médicas na cidade falam em 73 mortos, mas o comando militar britânico, responsável pela segurança na região, revisou o saldo de 68 para 50. Nos dois casos, incluem-se 20 crianças.
Londres disse que enviará mais 1.700 soldados para a região, onde já há 8.000, a fim de conter a violência. Anteontem, o premiê Tony Blair dissera não haver necessidade de reforços.


Com agências internacionais

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