São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2004

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CARIBE

Cabo da Marinha teve mal súbito

Militar brasileiro morre na capital haitiana

DA REDAÇÃO

O cabo da Marinha brasileira Rodrigo Duarte de Azevedo, de 25 anos, morreu na madrugada de ontem depois de sofrer um mal súbito quando estava a bordo de um navio que está atracado no porto da capital haitiana, Porto Príncipe.
Azevedo não integrava a missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no país. O cabo era tripulante do Navio de Desembarque de Carros de Combate Mattoso Maia, que presta apoio às forças de paz.
Segundo o capitão-de-fragata Carlos Chagas, Azevedo teve um ataque cardíaco durante a prática de exercícios físicos na noite de anteontem. O cabo foi levado a um hospital na capital haitiana e, de acordo com o coronel Antônio Carlos Faillace, relações-públicas das forças brasileiras no Haiti, estava prestes a ser transferido de helicóptero para Santo Domingo (República Dominicana) quando morreu.
Segundo Faillace, tudo indica que a causa da morte, que ocorreu às 2h (horário local), tenha sido um aneurisma.
Um avião da Força Aérea Brasileira será enviado ao Haiti especialmente para trasladar o corpo de Azevedo, que deve chegar ainda hoje ao Rio de Janeiro, onde o cabo residia.
Em nota oficial, as Forças Armadas enfatizam que o militar não estava envolvido em atividades de combate.
Azevedo foi o primeiro militar brasileiro a morrer no Haiti desde que as forças do Brasil chegaram no país.

Mais soldados
As Forças Armadas da Argentina foram autorizadas ontem a enviar para integrar a missão paz das Nações Unidas no Haiti 614 militares, um navio de transporte e dois helicópteros, entre outros apetrechos. As tropas argentinas, que deverão embarcar no dia 10 de julho e atuarão nas cidades haitianas de Gonaives e Saint Marc, permanecerão no país durante seis meses, período que poderá ser prorrogado.
Segundo decreto publicado no "Boletim Oficial do Estado", o contingente fará parte de "uma companhia reforçada por 300 efetivos do Exército argentino e 150 infantes da Marinha".
Ontem, embarcaram em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, os últimos 220 homens da missão brasileira, que passa a contar agora com os 1.200 militares previstos. A força de paz internacional da ONU terá ao todo 6.700 soldados e 1.622 policiais civis.


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