DA REDAÇÃO

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez ontem uma visita de surpresa à Tchetchênia, colocou flores no túmulo de seu presidente assassinado e reiterou seu nítido apóio ao candidato do Kremlin para substituí-lo.
A visita de Putin foi precedida de uma noite de combates pesados em Grozni, capital da Província rebelde. Segundo cálculos da guerrilha, pelo menos 30 pessoas foram mortas nas 24 horas que precederam o desembarque de Putin. Entre as vítimas estariam 23 policiais e soldados russos.
Mas os porta-vozes das forças russas admitem terem ocorrido apenas de 12 a seis mortes entre russos e policiais pró-Moscou.
Não há como confirmar o número de mortes por meio de fontes independentes.
Putin esteve em Tsentoroi, aldeia do ex-presidente Akhmad Kadyrov. Ele apareceu em público em situações amistosas com o ministro do Interior, Alu Alkhanov, candidato presidencial apoiado pelo governo russo para as eleições do próximo dia 29.
Putin não esteve em Grozni, onde a guerrilha muçulmana atacou no sábado uma delegacia de polícia localizada nas imediações da principal praça central e locais reservados à votação.
A visita de Putin ocorreu às vésperas do aniversário de Akhmad Kadyrov, um ex-líder dos separatistas que em seguida se aliou aos russos e foi morto em atentado perpetrado pelos separatistas em 9 de maio último.