São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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Grupos pró e contra mesquita em NY se enfrentam nas ruas

Disputa acirra polêmica sobre construção islâmica perto do local do 11 de Setembro

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Centenas de pessoas saíram ontem às ruas de Nova York para defender suas posições em relação à construção de um centro islâmico a dois quarteirões do local onde ficavam as Torres Gêmeas, alvo de ataque que matou quase 3.000 pessoas em 11 de setembro de 2001.
De um lado, cerca de 500 manifestantes protestavam contra o projeto com cartazes e faixas com inscrições como "preservem a dignidade dos mortos em 11/9". A algumas quadras dali, separadas do primeiro grupo pela polícia, pouco mais de 250 pessoas demonstravam apoio à construção, defendendo liberdade e tolerância religiosas.
A manifestação maior foi organizada pela Coalition to Honor Ground Zero (Coalizão para Honrar o Marco Zero); a menor, pela NYC Coalition to Stop Islamophobia (Coalizão de NY Contra a Islamofobia).
Os protestos, que aconteceram mesmo sob chuva intermitente, simbolizam um racha que já se reflete na política americana.
Republicanos chegaram a comparar a construção, aprovada pela Prefeitura de Nova York, à instalação de um símbolo nazista perto de um museu do Holocausto.
O presidente dos EUA, Barack Obama, embora tenha evitado opinar sobre o projeto, defendeu recentemente o direito de os muçulmanos construírem uma mesquita em Manhattan. "Isto é a América, e o nosso compromisso com a liberdade religiosa deve ser inabalável", afirmou, no último dia 13.
O centro islâmico, orçado em US$ 100 milhões, inclui academia, piscina e área cultural, além da mesquita. Segundo pesquisa da rede de TV CNN divulgada no início do mês, 68% dos americanos se opõem ao projeto.


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