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Grupos pró e contra mesquita em NY se enfrentam nas ruas
Disputa acirra polêmica sobre construção islâmica perto do local do 11 de Setembro
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Centenas de pessoas saíram ontem às ruas de Nova
York para defender suas posições em relação à construção de um centro islâmico a
dois quarteirões do local onde ficavam as Torres Gêmeas, alvo de ataque que
matou quase 3.000 pessoas
em 11 de setembro de 2001.
De um lado, cerca de 500
manifestantes protestavam
contra o projeto com cartazes
e faixas com inscrições como
"preservem a dignidade dos
mortos em 11/9". A algumas
quadras dali, separadas do
primeiro grupo pela polícia,
pouco mais de 250 pessoas
demonstravam apoio à construção, defendendo liberdade e tolerância religiosas.
A manifestação maior foi
organizada pela Coalition to
Honor Ground Zero (Coalizão
para Honrar o Marco Zero); a
menor, pela NYC Coalition to
Stop Islamophobia (Coalizão
de NY Contra a Islamofobia).
Os protestos, que aconteceram mesmo sob chuva intermitente, simbolizam um
racha que já se reflete na política americana.
Republicanos chegaram a
comparar a construção,
aprovada pela Prefeitura de
Nova York, à instalação de
um símbolo nazista perto de
um museu do Holocausto.
O presidente dos EUA, Barack Obama, embora tenha
evitado opinar sobre o projeto, defendeu recentemente o
direito de os muçulmanos
construírem uma mesquita
em Manhattan. "Isto é a
América, e o nosso compromisso com a liberdade religiosa deve ser inabalável",
afirmou, no último dia 13.
O centro islâmico, orçado
em US$ 100 milhões, inclui
academia, piscina e área cultural, além da mesquita. Segundo pesquisa da rede de
TV CNN divulgada no início
do mês, 68% dos americanos
se opõem ao projeto.
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