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Tel Aviv é reduto secular
free-lance para a Folha
Além de ser reconhecida internacionalmente como a capital de Israel, a cidade de Tel
Aviv é considerada um bastião
pelos israelenses não-religiosos. É nela que se concentra a
cena artística do país, que enfrenta setores judaicos ultra-ortodoxos em discussões
intermináveis sobre liberdade
de expressão.
O prefeito de Tel Aviv, Roni
Milo, é um dos políticos que
defendem a bandeira do secularismo.
No ano passado, por exemplo, cerca de 8.000 judeus ortodoxos se reuniram em frente a
um shopping center de Ramat
Aviv, um subúrbio rico da cidade, exigindo o seu fechamento completo durante o
shabat.
Milo foi enfático: "Se eles
trouxerem Bnei Brak (forte reduto ortodoxo) a Tel Aviv, levaremos Tel Aviv a Bnei
Brak". O prefeito convocou
todos os cidadãos a deixar de
comprar no shopping caso
seus proprietários cedessem à
pressão dos religiosos.
Uma lei municipal, aprovada
recentemente, autoriza a abertura de negócios durante o
shabat na cidade. A vitória dos
secularistas de Tel Aviv, porém, não foi completa. Para
entrar em vigor, a lei precisa
ser sancionada pelo ministro
do Interior, que tem se recusado a fazê-lo.
Os bares e casas noturnas de
Tel Aviv abrigam também a cena homossexual israelense. Foi
nesses clubes que a cantora
transexual Dana International
começou a trilhar carreira internacional. Sua vitória este
ano no Eurovision, festival de
música europeu, irritou a comunidade ortodoxa.
(MS)
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