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RELIGIÃO
Novas regras para aplicação em seminários podem sair em seis semanas; padres homossexuais não serão banidos
Vaticano deve barrar ordenação de gays
DA REDAÇÃO
O jornal norte-americano "New
York Times" informou ontem
que o Vaticano prepara o lançamento, ainda neste ano, de um
documento contendo regras impedindo que homossexuais se
tornem padres da Igreja Católica.
De acordo com o "Times", seu
informante, um membro da igreja que "tem o conhecimento completo das novas regras" e cuja
identidade o periódico não revelou, afirmou que o papa Bento 16
deve assinar o documento em até
seis semanas.
Segundo as novas regras a serem aplicadas nos seminários,
candidatos homossexuais não
poderão se tornar padres, mas os
gays que já foram ordenados não
serão expulsos da igreja. No entanto os novos ditames prevêem
que mesmo os celibatários, se homossexuais, não poderão ser ordenados padres.
Se efetivamente promulgadas,
as regras viriam pouco após a decisão da Santa Sé de enviar delegados aos 229 seminários nos
EUA a fim de avaliar os cursos e
procurar por "evidências de homossexualismo".
Ambas as medidas estão ligadas
aos escândalos de abuso sexual
por parte de padres americanos
que despontaram no ano de 2002
-quando o cardeal Bernard Law,
acusado de encobertar a prática
de pedofilia por padres em sua
diocese, renunciou ao arcebispado de Boston .
Ativistas gays e setores da Igreja
Católica nos EUA criticaram a
medida e negaram que os escândalos de abuso de menores no
país estejam ligados à homossexualidade de padres ou de seminaristas.
Para Harry Knox, diretor de Religião da Fundação Campanha
pelos Direitos Humanos, grupo
de lobby político pelos direitos
dos homossexuais, a atitude do
Vaticano é um grave insulto. "Estão tratando o homossexualismo
e a pedofilia como se fossem a
mesma coisa. E pior: dizendo que
os gays não conseguem controlar
seus impulsos", disse.
Conclave
Segundo a rede de TV italiana
TG2, o diário não autorizado de
um cardeal contém a informação
de que Joseph Ratzinger foi eleito
papa com 84 dos votos do conclave, sendo que o argentino Jorge
Mario Bergolio ficou em segundo
lugar, com 26 votos.
Segundo a TG2, o diário anônimo seria publicado na edição de
hoje da revista italiana "Limes".
O Vaticano se recusou a comentar a notícia.
Colaborou Leila Suwwan, de Nova York
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