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Peregrinos choram ao ser barrados na porta
das agências internacionais
O casal holandês Jozef e Riny
Witsiers olhava com ar decepcionado e lágrimas para o portão
trancado da basílica da Anunciação, ontem, em Nazaré.
Eles disseram ter deixado em
maio a cidade de Oss, na Holanda, e percorrido à pé cerca de
4.000 km, em peregrinação à Terra Santa. Chegaram ao destino
bem no dia da "greve".
"Lamento muito que a igreja esteja fechada. Espero poder voltar", disse Jozef. Ao seu lado, uma
freira austríaca rezava ajoelhada
junto a uma fresta na entrada da
Basílica. Soprava suas palavras
para dentro do santuário.
Cenas semelhantes foram vistas
ontem às portas da igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da
Natividade, em Belém. Grande
parte dos turistas barrados choravam de frustração. "É nosso Jesus.
Queremos ver onde ele esteve",
reclamou a turista alemã Renate
Borchers, em Nazaré.
Esses turistas presenciaram um
fato raríssimo. Esta é a segunda
vez na história moderna que a
igreja fecha todas as suas portas.
A primeira vez foi em 1990, em
disputa causada após a aquisição
por colonos judeus de um edifício
em Jerusalém que pertencia à
Igreja Ortodoxa de rito grego.
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