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EUA
Paralisação causou prejuízo diário de US$ 400 milhões e deixou pelo menos 33 mil trabalhadores de braços cruzados
Grevistas aceitam acordo e Nova York retoma transporte
DA REDAÇÃO
Multado em US$1 milhão por
dia de paralisação e com seu líder
sob a ameaça de ser preso, o sindicato dos trabalhadores do trânsito
de Nova York aprovou ontem o
fim da greve iniciada na última
terça-feira, que deixou milhões de
pessoas sem transporte público,
33 mil trabalhadores de braços
cruzados e um prejuízo diário estimado em US$ 400 milhões.
Por lei, funcionários do setor
público não podem fazer greve no
Estado de Nova York.
Com a decisão, aprovada por
ampla maioria em votação do comitê executivo do sindicato, a
previsão era a de que ontem mesmo os ônibus e metrôs da cidade
voltassem a funcionar, ainda que
de forma parcial. O comitê aceitou um acordo preliminar, negociado durante toda a madrugada
de quinta-feira, cujos termos não
foram divulgados.
Entre as reivindicações dos grevistas, a principal era a de que não
houvesse diferenciação entre os
benefícios de aposentadoria entre
antigos e novos trabalhadores.
Pessoas próximas à negociação
disseram ao "New York Times"
que o acordo foi bom politicamente tanto para George Pataki,
governador de Nova York -já
que um acordo final só será costurado após o fim da paralisação-,
quanto para o presidente do sindicato, Roger Toussaint, que teria
sido atendido significativamente
em sua reivindicação principal.
Diante do progresso nas negociações, o juiz Theodore Jones,
que havia imposto a multa de US$
1 milhão por dia de greve, adiou
uma audiência sobre novas multas e penas de prisão aos líderes da
greve sob a Lei Taylor, que proíbe
greves de funcionários públicos.
"Estou satisfeito porque a Lei
Taylor, que pautou o processo, foi
seguida pelos dois lados e moveu
as coisas adiante da melhor forma
possível", disse Pataki.
Quem ficou a pé por causa da
greve também festejou. "É uma
pequena vitória para a sanidade, o
que é bom nesta época de festas",
disse Guy Molinari, que, durante
três dias, foi obrigado a buscar
meios alternativos para chegar do
Condado de Bergen, em Nova Jersey, onde mora, a Manhattan
(Nova York), onde trabalha.
"Todos estão voltando ao trabalho o mais rápido possível a partir
do próximo turno", disse George
Perlstein, membro do comitê executivo, que votou contra o plano.
A estimativa era a de que o sistema de transportes públicos pudesse levar até 18 horas para retomar seu funcionamento pleno.
Ontem, os nova-iorquinos viveram mais um dia de muitas dificuldades para se locomover pela
cidade, atravessando pontes a pé,
pegando carona ou dividindo táxis. No único incidente grave dos
três dias de paralisação, um bombeiro foi atropelado por um ônibus particular quando tentava
chegar ao trabalho de bicicleta.
Com agências internacionais e o "New
York Times"
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