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IRAQUE
Governo afirma que exilados iranianos devem deixar o país
DA REDAÇÃO
Sem maiores explicações,
o governo iraquiano anunciou que 3.500 exilados iranianos atualmente no país
terão de deixar o Iraque. O
anúncio aconteceu na noite
de anteontem, após visita do
assessor de Segurança Nacional do Iraque, Mowaffaq
al Rubaie, ao campo Ashraf,
ao norte da capital, onde os
refugiados vivem há cerca de
duas décadas e que Bagdá
pretende fechar.
"O governo iraquiano continua a implementar os planos de fechar o campo Ashraf
e também de deportar sua
população. Permanecer no
Iraque não é uma opção para
eles", anunciou o governo.
Os exilados incluem membros de organizações como o
PMOI (Organização Popular
dos Mujahideen do Irã), considerado terrorista pelos
EUA e pela União Européia.
O PMOI se formou em
1965 com o objetivo de derrubar o xá do Irã. Depois da
Revolução de 1979, romperam com os líderes religiosos
de seu país e ganharam refúgio no Iraque de Saddam
Hussein. Há sete anos, o grupo renunciou à ação armada.
Com a invasão do Iraque
pelos EUA em 2003, campo
Ashraf ficou sob a proteção
norte-americana.
A ONU tem encontrado dificuldade em achar outro
país que os aceite como refugiados. Os iranianos, por sua
vez, temem ser executados
caso voltem para casa.
A Anistia Internacional insistiu que EUA e Iraque sigam a Convenção de Genebra sobre os direitos dos prisioneiros de guerra, que veta
a extradição ou repatriação
forçada de pessoas que possam ser perseguidas ou torturadas no país de origem.
Não é a primeira vez, no
entanto, que o Iraque promete expulsar iranianos. Em
dezembro de 2003, o Conselho de Governo designado
pelos EUA disse que o PMOI
teria que ir embora. Além
disso, Teerã há muito já pediu a extradição dos exilados.
No mesmo dia, a polícia
iraniana fechou a sede de um
grupo de defesa dos direitos
humanos liderado pela ganhadora do Nobel da Paz de
2003, Shirin Ebadi, alegando
que o centro fazia o papel de
partido político sem a permissão necessária.
Com agências internacionais
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