São Paulo, Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2000


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DEPOIS DA CRISE
Quito vive calma com poucos sinais da crise política
Com retirada indígena, capital do Equador retoma tranquilidade

do enviado especial

As ruas de Quito estavam cheias no sábado à noite, havia congestionamento nas ruas onde ficam os bares e restaurantes da moda. Uma situação certamente bem diferente da de sexta-feira, com o Congresso ocupado e ameaça de golpe militar.
"O comércio fechou mais cedo na sexta, havia pneus queimados nas ruas e cruzamentos", afirma Ivan Eldredge, 19, estudante de comunicação social da Universidade San Francisco, em Quito. Escolas e universidades não funcionaram.
O clima em Mariscal -um quadrilátero de ruas da capital equatoriana frequentado pela juventude de classe média- era outro no dia seguinte. Os carros passavam tocando música alta e podia-se ver turistas europeus conversando sobre surf.
Eike Frei, uma suíça de 21 anos que estava em Quito fazendo escala para ir ao campeonato de surf de Guayaquil, tomava uma cerveja e dizia ignorar o que tinha acontecido na cidade no dia anterior.
"Como confusão? A única coisa que notamos de diferente foi um número grande de soldados por aí", disse, olhando intrigada para o grupo de amigos e amigas que a acompanhava.
Com humor diferente estavam os últimos indígenas que deixavam Quito em caravanas que partiram sábado à tarde. "Se precisar, voltaremos", disse Tuna Guyaya.


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