São Paulo, Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2000


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ANO DE ELEIÇÃO
Republicanos e democratas do Estado de Iowa escolhem seus candidatos para pleito presidencial
Começam as primárias nos EUA

MALU GASPAR
de Nova York

As primeiras primárias para a escolha dos candidatos a presidente dos Estados Unidos que disputarão a sucessão de Bill Clinton começam hoje à noite no Estado de Iowa, com a participação de sete dos oito pretendentes à indicação pelos partidos Republicano e Democrata. O pré-candidato republicano John McCain não concorre à indicação por Iowa.
O processo de escolha no Estado é importante não pelo número de delegados que ele habilita para as convenções nacionais, muito pequeno. Mas ele é visto principalmente como uma espécie de termômetro do poder de fogo dos pré-candidatos.
Nas primárias, que começam hoje e vão até o final de março, os eleitores filiados aos partidos ou independentes que declaram intenção de votar num dos pré-candidatos participam da escolha dos delegados que irão às convenções nacionais que dão a palavra final. O processo de seleção varia de Estado para Estado.
Até agora, o vice-presidente Al Gore, democrata, e o republicano George W. Bush (governador do Texas) lideram com folga as pesquisas nacionais.
Mas as características da primária em Iowa favorecem campanhas bem organizadas localmente e com maior capacidade de levar a base dos partidos aos mais de 2.000 pontos de encontro -escolas, igrejas e clubes, por exemplo. Em pequenas convenções, eles deliberam sobre quem será o candidato do grupo e só então indicam os seus delegados.
Por isso, espera-se que o empresário Steve Forbes, que nacionalmente conta com 6% das intenções de voto dos republicanos e tem pouquíssimas chances de ganhar a indicação, tenha um bom desempenho na primária republicana e possa até ganhar do favorito Bush. Forbes, assim como o democrata Bill Bradley, gastaram milhões de dólares na organização de seus comitês no Estado.
Para levar os eleitores às pequenas convenções, onde se vota em cédulas, foram usados serviços de telemarketing, cartas e até visitas à casa de cada eleitor.
Devido ao perfil conservador dos eleitores republicanos do Estado, a primária de Iowa já serviu para pressionar Bush a declarar sua posição radical antiaborto.
Até esse ponto de sua campanha, Bush vinha contornando o assunto, um tema caro aos republicanos, mas que poderia atrapalhar seu desempenho junto ao eleitorado não-partidário.
Neste final de semana, ele declarou ser a favor da posição do Partido Republicano, pela proibição do aborto em todo o país. Hoje, a legislação varia por Estado.



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