São Paulo, quinta-feira, 24 de janeiro de 2002

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Bush quer dar mais US$ 48 bi aos militares

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que irá propor um acréscimo de US$ 48 bilhões nos gastos militares do país e que utilizará o maior aumento das duas últimas décadas para comprar equipamentos militares de última geração, que serão usados na guerra ao terrorismo global.
"As ferramentas utilizadas nos conflitos armados modernos são eficazes. Elas são caras. Mas, para vencermos a guerra ao terrorismo, elas são essenciais", disse Bush diante de oficiais da reserva. O dinheiro também será usado para dar um aumento aos militares.
Entre as "ferramentas" mencionadas por Bush destacam-se armas de alta precisão, mísseis defensivos, veículos robotizados e armas utilizadas em conflitos terrestres.
"Comprar essas ferramentas pode representar um fardo financeiro, mas não faremos concessões no que se refere à defesa de nosso grande país", declarou o presidente.
Segundo um funcionário graduado da Casa Branca, US$ 10 bilhões serão "reservas de guerra" enquanto o restante do dinheiro será gasto. Em 2003, os gastos americanos com a defesa chegarão a US$ 379 bilhões se a proposta for aprovada e implementada totalmente. O PIB anual (total de riquezas produzidas no país) do Brasil é de cerca de US$ 450 bilhões.

Déficit
De acordo com Mitchell Daniels, funcionário do departamento financeiro da Casa Branca, com o aumento proposto por Bush, o país deve ter um déficit orçamentário de US$ 106 bilhões neste ano fiscal. O déficit deve ser de US$ 80 bilhões no próximo ano fiscal.
As estimativas da Casa Branca levam em conta uma previsão de crescimento econômico de 0,7% em 2002 e uma de 3,8% em 2003, segundo Daniels. Em 4 de fevereiro, todos os números oficiais devem ser divulgados pelo governo americano.
De acordo com Daniels, o país deverá ter um superávit orçamentário "em 2005 ou, talvez, em 2004".


Com agências internacionais


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