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IRÃ
Liberais criticam tática conservadora
Linha dura iraniana admite retificar erros
DA REDAÇÃO
O chefe do Conselho de Guardiães do Irã, o aiatolá conservador
Ahmad Jannati, disse ontem que
o órgão tem a intenção de retificar
qualquer "erro" cometido quando vetou a candidatura de mais de
3.000 reformistas a cadeiras no
Majlis (Parlamento), há quase
duas semanas. E Mohammad
Jahromi, outro membro do órgão, anunciou que já chega a 350 o
número de vetos revogados, segundo a rádio oficial.
O veto às candidaturas gerou
um protesto dos liberais, que ocupam uma sala do Parlamento há
quase duas semanas e prometem
não pôr fim ao protesto até o fim
do impasse. Além disso, membros do gabinete do presidente do
Irã, o reformista moderado Mohammad Khatami, ameaçam renunciar se a decisão final do Conselho de Guardiães não for favorável aos candidatos liberais.
Jannati defendeu, porém, a decisão do órgão de excluir quase
50% dos candidatos da campanha
para a eleição legislativa de 20 de
fevereiro próximo. Ele também
afirmou que outros casos serão
analisados até o final deste mês.
Na semana passada, Khatami pediu ao Conselho de Guardiães que
reavaliasse sua decisão e exortou
os reformistas a respeitar a decisão final do órgão.
A decisão dos conservadores de,
por enquanto, mudar sua decisão
em apenas 350 casos não agradou
aos liberais. Saeed Shariati, que lidera o maior partido reformista
iraniano, afirmou que a "aprovação da candidatura de 350 pessoas pouco conhecidas é insignificante". "Essa tática não engana
ninguém. Enquanto os líderes do
movimento, além de centenas de
outros candidatos, não tiverem
sua situação regularizada, não haverá possibilidade de ocorrência
de uma eleição livre."
Com agências internacionais
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