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ORIENTE MÉDIO
Governo de Sharon deve caminhar à direita
Choques matam nove palestinos; trabalhistas recusam coalizão
DA REDAÇÃO
Nove palestinos e um israelense
morreram ontem em choques
nos territórios palestinos ocupados. Na arena política, o Partido
Trabalhista anunciou que está
abandonando as conversações
para formar um governo de
"união nacional" com o premiê
Ariel Sharon, levando o futuro
governo para a direita.
As mortes de ontem elevaram a
42 o número de palestinos mortos
nesta semana, a maioria em incursões israelenses na faixa de
Gaza, em reação a disparos de foguetes pelo grupo extremista islâmico palestino Hamas.
Colunas de blindados israelenses, apoiadas por helicópteros, invadiram a cidade de Beit Hanoun,
no norte da faixa de Gaza, pouco
depois da meia-noite, enfrentando atiradores palestinos.
Em Khan Younis, no sul de Gaza, um soldado israelense foi
morto a tiros por palestinos. O
Hamas disparou três foguetes do
norte de Gaza contra Sderot, no
sul de Israel. Ao menos um foguete atingiu a cidade, sem deixar vítimas. Ao menos 1.870 palestinos
e 706 israelenses já morreram na
Intifada, a revolta palestina iniciada em setembro de 2000.
O Partido Trabalhista disse ontem que as posições de Sharon sobre uma retomada das negociações de paz com os palestinos levaram ao colapso das negociações
para formação de um governo de
união nacional.
O anúncio ocorreu após Sharon
fechar acordo com o Partido Nacional Religioso, que apóia a presença das colônias judaicas em
território palestino ocupado.
Sharon agora tenta obter o
apoio do partido anti-religioso
Shinui, o que lhe daria 61 das 120
cadeiras do Parlamento.
Com agências internacionais
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