UOL


São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ORIENTE MÉDIO

Governo de Sharon deve caminhar à direita

Choques matam nove palestinos; trabalhistas recusam coalizão

DA REDAÇÃO

Nove palestinos e um israelense morreram ontem em choques nos territórios palestinos ocupados. Na arena política, o Partido Trabalhista anunciou que está abandonando as conversações para formar um governo de "união nacional" com o premiê Ariel Sharon, levando o futuro governo para a direita.
As mortes de ontem elevaram a 42 o número de palestinos mortos nesta semana, a maioria em incursões israelenses na faixa de Gaza, em reação a disparos de foguetes pelo grupo extremista islâmico palestino Hamas.
Colunas de blindados israelenses, apoiadas por helicópteros, invadiram a cidade de Beit Hanoun, no norte da faixa de Gaza, pouco depois da meia-noite, enfrentando atiradores palestinos.
Em Khan Younis, no sul de Gaza, um soldado israelense foi morto a tiros por palestinos. O Hamas disparou três foguetes do norte de Gaza contra Sderot, no sul de Israel. Ao menos um foguete atingiu a cidade, sem deixar vítimas. Ao menos 1.870 palestinos e 706 israelenses já morreram na Intifada, a revolta palestina iniciada em setembro de 2000.
O Partido Trabalhista disse ontem que as posições de Sharon sobre uma retomada das negociações de paz com os palestinos levaram ao colapso das negociações para formação de um governo de união nacional.
O anúncio ocorreu após Sharon fechar acordo com o Partido Nacional Religioso, que apóia a presença das colônias judaicas em território palestino ocupado.
Sharon agora tenta obter o apoio do partido anti-religioso Shinui, o que lhe daria 61 das 120 cadeiras do Parlamento.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Guerra civil: Possível ação dos EUA para resgatar americanos na Colômbia é criticada
Próximo Texto: Panorâmica - EUA: Morre jovem submetida a transplante
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.