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Especialista que acusou governo Bush se defende
DA REDAÇÃO
O especialista em contraterrorismo americano Richard Clarke,
que trabalhou sob o comando de
três presidentes diferentes, rejeitou ontem acusações feitas pela
Casa Branca de que ele entrou no
jogo político-partidário ao atacar
a atitude do presidente George W.
Bush -antes do 11 de Setembro- em relação à Al Qaeda.
Anteontem, a Casa Branca tentou desacreditá-lo, afirmando que
ele é um ex-empregado magoado
que tem ligação com o comitê de
campanha do democrata John
Kerry, virtual adversário de Bush
na eleição de novembro.
"Não estou fazendo isso porque
estou magoado, faço isso porque
penso que o povo americano tem
de saber a verdade", disse Clarke
no programa "Good Morning
America", da rede de TV ABC.
Ele negou que tivesse planejado
o momento de lançar seu livro,
"Against All Enemies" (contra todos os inimigos) -que acusa
Bush de concentrar-se demais no
Iraque, negligenciando o perigo
representado pela Al Qaeda-,
para obter o maior impacto político possível. Segundo ele, o livro
demorou para ser lançado porque
o governo ainda não tinha liberado sua publicação, por razões de
segurança.
Mas uma análise do passado de
Clarke tende a tirar o peso das
acusações da Casa Branca, já que
ele era filiado ao Partido Republicano em 2000.
Clarke também foi funcionário
de carreira da Casa Branca sob o
comando de três presidentes
-George Bush (1989-93), Bill
Clinton (1993-2001) e George W.
Bush. Ele depõe hoje na comissão
do Congresso dos EUA que investiga o 11 de Setembro.
Com agências internacionais
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