São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2004

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Especialista que acusou governo Bush se defende

DA REDAÇÃO

O especialista em contraterrorismo americano Richard Clarke, que trabalhou sob o comando de três presidentes diferentes, rejeitou ontem acusações feitas pela Casa Branca de que ele entrou no jogo político-partidário ao atacar a atitude do presidente George W. Bush -antes do 11 de Setembro- em relação à Al Qaeda.
Anteontem, a Casa Branca tentou desacreditá-lo, afirmando que ele é um ex-empregado magoado que tem ligação com o comitê de campanha do democrata John Kerry, virtual adversário de Bush na eleição de novembro.
"Não estou fazendo isso porque estou magoado, faço isso porque penso que o povo americano tem de saber a verdade", disse Clarke no programa "Good Morning America", da rede de TV ABC.
Ele negou que tivesse planejado o momento de lançar seu livro, "Against All Enemies" (contra todos os inimigos) -que acusa Bush de concentrar-se demais no Iraque, negligenciando o perigo representado pela Al Qaeda-, para obter o maior impacto político possível. Segundo ele, o livro demorou para ser lançado porque o governo ainda não tinha liberado sua publicação, por razões de segurança.
Mas uma análise do passado de Clarke tende a tirar o peso das acusações da Casa Branca, já que ele era filiado ao Partido Republicano em 2000.
Clarke também foi funcionário de carreira da Casa Branca sob o comando de três presidentes -George Bush (1989-93), Bill Clinton (1993-2001) e George W. Bush. Ele depõe hoje na comissão do Congresso dos EUA que investiga o 11 de Setembro.


Com agências internacionais


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