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ORIENTE MÉDIO
Chefe da segurança defende "resistência"
Hamas coordenará ataques contra Israel, diz novo ministro palestino
DA REDAÇÃO
O novo governo palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas, não apenas evitará punir como ajudará aqueles que cometerem ataques contra Israel. De
acordo com Saeed Seyam, que como ministro do Interior nomeado
pelo Hamas ficará a cargo dos serviços de segurança palestinos, os
acordos de cooperação com Israel
nessa área não serão cumpridos.
Em entrevista à agência Reuters,
Seyam defendeu a legitimidade
dos ataques da "resistência" contra a ocupação israelense e disse
que o Hamas ajudará a coordená-los. "As conversas com as facções
no futuro enfocarão os mecanismos, a forma e o momento [dos
ataques]", ele disse. "Mas o direito
de defender nosso povo e confrontar a agressão é legítimo."
Prisões políticas serão abolidas,
acrescentou: "Não chegará o dia
em que um palestino será preso
por sua afiliação política ou por
resistir à ocupação."
Como integrante do gabinete
formado pelo Hamas, que será
apresentado na próxima semana,
Saeed Seyam chefiará três agências de segurança, nas quais estarão subordinados a ele cerca de 20
mil homens, a maioria membros
do Fatah, o partido do presidente
Mahmoud Abbas.
Incapaz de fechar alianças com
outros partidos, o Hamas foi obrigado a formar um gabinete só
com membros próprios, o que deve manter tensas as relações com
Israel, EUA e União Européia.
A cinco dias da eleição que indicará seu próximo premiê, Israel
anunciou ontem que as forças de
segurança entrarão em alerta máximo no domingo, sob a expectativa de que grupos terroristas
aproveitem a ocasião para atacar.
Horas antes, o Exército matou
dois palestinos do Jihad Islâmico
que tentavam plantar uma bomba na divisa com a Faixa de Gaza.
Líder das pesquisas de opinião,
o premiê interino, Ehud Olmert,
já fala como vencedor. Estimulado por sondagens que dão a seu
partido, o Kadima, entre 34 e 37
assentos, dos 120 da Knesset (Parlamento), Olmert já anuncia algumas das condições para quem deseja formar alianças com ele, já
que não lhe será possível governar
com suas próprias forças.
"Meu objetivo principal é estabelecer fronteiras permanentes
para Israel em meus quatro anos
de gestão", declarou.
Com agências internacionais
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