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País representa relíquia dos reinos absolutistas
ENVIADO À SUAZILÂNDIA
A Suazilândia é descrita
como a última monarquia
absolutista do planeta. Todo
poder emana do rei Mswati
3º, 42, desde 1986 no trono.
Partidos políticos são proibidos. Em eleições, candidatos podem concorrer só como
independentes ao Parlamento e correm o risco perene de
o mandato ser cassado pelo
monarca com uma canetada.
Entidades que buscam autonomia são perseguidas
com dureza. A última demonstração de força veio no
Dia do Trabalho, quando um
ativista de um partido banido
foi preso por usar uma camiseta da agremiação.
Dias depois, apareceu
morto na cela. Suicídio, segundo a policia.
O rei é o primeiro a promover a cultura poligâmica: tem
14 mulheres e 23 filhos.
A cada ano, uma tradição
suazi se repete em frente a
seu palácio. Jovens de seios
nus dançam para a família
real no ritual de "umhlanga", na esperança de serem
escolhidas por ele para se tornarem sua próxima mulher.
O costume local não prevê
um príncipe herdeiro, como
o britânico. Quando um rei
morre, seu conselho, formado por chefes tribais, reúne-se primeiro para decidir qual
esposa será a "rainha-mãe".
Há duas condições: a mulher precisa ter bom caráter e
só um filho homem. O rei não
pode ter irmãos nem irmãs.
Na prática, ele, assim, pode ter algum controle sobre
seu sucessor, caso queira ter
apenas um filho com determinada mulher.
A crítica ao soberano é punida severamente na Suazilândia, embora a minoria urbana e ocidentalizada reclame, discretamente e em voz
baixa, do sistema.
(FZ)
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