DA REDAÇÃO

O ministro da Infra-estrutura de Israel, Yossef Paritsky, propôs que os assentamentos judaicos da Cisjordânia e da faixa de Gaza sejam transferidos para áreas menos populosas de Israel, provocando duras críticas da direita israelense.
Membro do Shinui, um partido laico que combate os privilégios dos religiosos em Israel, Paritsky afirmou: "Creio que o Neguev [região desértica no sul] e a Galiléia [norte] seriam locais apropriados para integrar os que forem retirados de Judéia e Samaria [Cisjordânia] e da faixa de Gaza."
A declaração foi feita por meio de comunicado a diversos responsáveis regionais do Shinui.
Em um governo com forte influência dos colonos judeus, vários ministros se manifestaram contra a declaração de Paritsky.
Para Limor Livnat, ministro da Educação, "ele foi além de suas prerrogativas". O premiê israelense, Ariel Sharon, repreendeu o ministro da Infra-estrutura pelas declarações.
Anteontem, o premiê israelense afirmou em reunião de gabinete que a construção de novas casas nos assentamentos judaicos já existentes na Cisjordânia e na faixa de Gaza podem continuar ocorrendo, desde com discrição.
O Shinui é um dos mais importantes partidos da multifacetada coalizão de Sharon. O partido é o mais moderado da coalizão liderada pelo Likud (centro-direita). Há também partidos religiosos e de colonos no governo.