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São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2003

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PERU

Só 11% aprovam o presidente

Em baixa, Toledo deve mudar todo o ministério

DA REDAÇÃO

Com uma taxa de aprovação de apenas 11%, o presidente do Peru, Alejandro Toledo, tem a oportunidade de promover uma ampla mudança no seu governo, após a antecipação de uma renúncia coletiva do ministério, que costuma ocorrer todos os anos no Dia da Independência (28 de julho).
Segundo o ministro das Finanças, Javier Silva Ruete, o governo peruano chegou a "um ponto crítico", e as mudanças no gabinete podem acontecer "a qualquer momento", sem esperar a renúncia coletiva de praxe.
O primeiro-ministro do país, Luis Solari, disse que é "indispensável" que as mudanças ocorram antes de 28 de julho. Segundo ele, as indicações dos novos ministros devem ocorrer "na terça [hoje] ou na quarta", antes da viagem de Toledo à Colômbia para participar da cúpula da Comunidade Andina, na sexta-feira.
Após o anúncio da renúncia coletiva, Toledo disse que o Peru atingiu o "ponto de inflexão". "Vamos produzir mudanças olhando o Peru como um todo", afirmou. Segundo ele, o governo deve "se olhar no espelho" após 23 meses de gestão (desde julho de 2001) para observar "os erros e os pontos fortes e aprender com as debilidades".

Estado de emergência
A popularidade de Toledo caiu a um nível recorde de 11% após uma longa greve de professores e outros protestos populares que o levaram a decretar um estado de emergência de 30 dias. Um estudante morreu e cerca de cem pessoas ficaram feridas durante um protesto no dia 29 de maio em Puno (sul). O estado de emergência deve terminar na sexta-feira.
As dificuldades políticas de Toledo contrastam com um momento visto como altamente positivo para a economia do país, que cresceu 5,1% no primeiro trimestre deste ano, após uma expansão de 5,3% em 2002, a maior taxa da América do Sul.


Com agências internacionais


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