São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

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Uniformizar dietas é um erro, diz brasileiro

DA REDAÇÃO

As dietas pobres em carboidratos seduziram também os brasileiros, até o próprio presidente Lula. Para emagrecer, é preciso cortar calorias e, logo, carboidratos, mas dietas extremamente pobres nesses compostos não são eficazes a longo prazo e podem de fato causar problemas de saúde, concordam especialistas brasileiros no assunto.
"Essas dietas são uma grande besteira", diz Antônio Roberto Chacra, titular de endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo. "Não podemos homogeneizar uma dieta. Cada paciente é um caso, e o bom profissional faz também uma análise psíquica e emocional."
Uma dieta pobre em carboidratos pode ser eficaz para a perda drástica de peso, mas a longo prazo o melhor é ter uma alimentação balanceada.
"Uma dieta tão restrita pode, a longo prazo, provocar até problemas psíquicos e emocionais no paciente", completou.
E causar problemas de saúde. Como, no caso da dieta de Robert Atkins, a ingestão de gordura animal é elevada, quem a adota pode vir a ter problemas de colesterol e cardíacos, por exemplo, explica Zuleika Cozzi Halpern, endocrinologista e secretária-geral da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade). "Nenhum médico em sã consciência a prescreveria para alguém", afirma.
A dieta também faz a pessoa perder massa magra (músculo) e ficar sem energia, além de provocar o "efeito sanfona". Ninguém fica tanto tempo nessa dieta e, quando volta a comer, o faz vorazmente, voltando a engordar, diz a médica.
O melhor, diz, é seguir uma dieta equilibrada e trocar o carboidrato ruim (pão branco, doces e álcool) pelo bom (alimentos integrais, vegetais e frutas).


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