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Uniformizar dietas é um erro, diz brasileiro
DA REDAÇÃO
As dietas pobres em carboidratos seduziram também os
brasileiros, até o próprio presidente Lula. Para emagrecer, é
preciso cortar calorias e, logo,
carboidratos, mas dietas extremamente pobres nesses compostos não são eficazes a longo
prazo e podem de fato causar
problemas de saúde, concordam especialistas brasileiros
no assunto.
"Essas dietas são uma grande
besteira", diz Antônio Roberto
Chacra, titular de endocrinologia da Universidade Federal de
São Paulo. "Não podemos homogeneizar uma dieta. Cada
paciente é um caso, e o bom
profissional faz também uma
análise psíquica e emocional."
Uma dieta pobre em carboidratos pode ser eficaz para a
perda drástica de peso, mas a
longo prazo o melhor é ter uma
alimentação balanceada.
"Uma dieta tão restrita pode,
a longo prazo, provocar até
problemas psíquicos e emocionais no paciente", completou.
E causar problemas de saúde.
Como, no caso da dieta de Robert Atkins, a ingestão de gordura animal é elevada, quem a
adota pode vir a ter problemas
de colesterol e cardíacos, por
exemplo, explica Zuleika Cozzi
Halpern, endocrinologista e secretária-geral da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo
da Obesidade). "Nenhum médico em sã consciência a prescreveria para alguém", afirma.
A dieta também faz a pessoa
perder massa magra (músculo)
e ficar sem energia, além de
provocar o "efeito sanfona".
Ninguém fica tanto tempo nessa dieta e, quando volta a comer, o faz vorazmente, voltando a engordar, diz a médica.
O melhor, diz, é seguir uma
dieta equilibrada e trocar o carboidrato ruim (pão branco, doces e álcool) pelo bom (alimentos integrais, vegetais e frutas).
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