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Petrobras acerta compra de óleo iraquiano
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras informou ontem
ter acertado a compra de 2 milhões de barris de petróleo do
Iraque. Segundo a empresa, o
produto, comprado no mercado spot (compra esporádica,
sem contrato), será embarcado
para o Brasil na próxima semana e levará 25 dias para chegar.
O valor não foi revelado.
O total comprado equivale a
pouco mais de um dia de consumo de petróleo no Brasil. O
país consome atualmente cerca
de 1,8 milhão de barris/dia.
Antes da Guerra do Iraque, o
Brasil comprava 30 mil barris
de petróleo iraquiano por dia
dentro do programa "petróleo
por comida", da ONU.
A Petrobras é uma antiga
parceira do Iraque no mercado
de petróleo. Em 1976, explorando em regime de contrato
de risco, a estatal brasileira descobriu naquele país o campo
gigante de Majnoon, com reservas estimadas em 7 bilhões
de barris, mais da metade das
atuais reservas brasileiras (cerca de 11 bilhões de barris).
No início dos anos 80, a Petrobras teve que devolver o
campo ao Estado iraquiano, recebendo os US$ 180 milhões
que havia investido.
Também ontem, duas das
maiores empresas do setor petrolífero -a BP PLC e a Royal
Dutch/Shell- anunciaram um
contrato para comprar 10 milhões de barris de petróleo iraquiano. A expectativa é que as
empresas embarquem 2 milhões de barris por mês, de
agosto a dezembro.
Já as empresas ChevronTexaco e Vitol comprarão, assim como a Petrobras, 2 milhões de
barris cada.
O Iraque tem a segunda
maior reserva de petróleo do
mundo, atrás apenas da Arábia
Saudita, e os recursos advindos
da exportação do produto deverão pagar boa parte dos custos de reconstrução do país.
Desde o final da guerra, em 1º
de maio, o país, sob administração dos EUA e do Reino
Unido, tem tido dificuldades
em retomar a produção, devido aos saques contra a infra-estrutura petrolífera e aos atos de
sabotagem realizados por grupos descontentes com o fim do
regime de Saddam Hussein e a
ocupação do país.
Com agências internacionais
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