DA REDAÇÃO

A ONU anunciou ontem que um batalhão do Exército da Nigéria com 770 homens deverá chegar à Libéria em uma semana para tentar pôr fim aos combates na capital, Monróvia, que mataram mais de 600 pessoas nos últimos dias. Os EUA, no entanto, ainda não decidiram se enviarão tropas ao país do oeste africano.
Ontem, foram registrados violentos combates em várias regiões da cidade, em uma nova tentativa dos rebeldes de tomar a capital.
O batalhão nigeriano será destacado de uma força de paz da ONU estacionada em Serra Leoa, país vizinho à Libéria, informou o porta-voz da ONU Patrick Coker. A idéia é enviar uma força de até 3.250 homens ao país.
Nos últimos dois meses, rebeldes e governo têm lutado pelo controle de Monróvia, a única área da Libéria ainda dominada pelas forças leais ao presidente Charles Taylor.
O presidente liberiano foi recentemente indiciado por crimes de guerra por uma corte apoiada pela ONU em razão de seu envolvimento na guerra civil de Serra Leoa. Por causa desse processo, ele pode até ser preso caso saia da Libéria.
Taylor já declarou aceitar uma oferta de asilo feita pela Nigéria, mas não disse quando deixaria o poder.
Líderes de países do oeste africano e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan (natural de Gana), têm pedido a participação dos EUA nas forças de paz. A Libéria foi fundada no século 19 por escravos americanos libertos. Os EUA têm afirmado que estão estudando o pedido.