São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Para 67% dos israelenses, acordos de paz de Oslo prejudicaram o país

Pesquisa aponta menor apoio a concessões

DA REDAÇÃO

Uma pesquisa de opinião publicada ontem indica que 67% dos israelenses acreditam que a presente situação de insegurança no país é resultado dos acordos de paz de Oslo (1993). Segundo o levantamento, feito pelo instituto Dahaf, apenas 21% sentem que os esforços diplomáticos da década passada trouxeram algo de bom.
Negociados na Noruega, os acordos previam a coexistência pacífica de dois Estados. As tropas de Israel deixariam a Cisjordânia e a faixa de Gaza, que passariam gradativamente ao controle da Autoridade Nacional Palestina. Após várias etapas de implementação, as duas partes discutiriam as questões mais espinhosas -o futuro de Jerusalém, os refugiados palestinos e as colônias judaicas em Gaza e Cisjordânia- para chegar a um acordo final.
O colapso do processo ocorreu em julho de 2000, após reunião de cúpula em Camp David, nos EUA, quando o então presidente Bill Clinton não conseguiu convencer as partes a assinar um acordo final. Em setembro, começou a Intifada, a revolta palestina contra a ocupação.
A pesquisa revela que 54% da população estaria disposta a fazer menos concessões no futuro do que as propostas pelo então premiê Ehud Barak em Camp David, rejeitadas pelo líder palestino Iasser Arafat.

Mais mortes
Soldados israelenses mataram ontem dois palestinos armados de fuzis e granadas que tentavam entrar no assentamento judaico de Kfar Darom (Gaza).


Com agências internacionais

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