São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2004

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IMPASSE NUCLEAR

Pyongyang compara Bush a Hitler; encontro de setembro é incerto

Coréia do Norte emperra diálogo

DA REDAÇÃO

Acusando o presidente norte-americano, George W. Bush, de "ofuscar [o ditador alemão Adolf] Hitler", a Coréia do Norte reafirmou ontem que não participará dos encontros de trabalho prévios às negociações multilaterais de desarmamento nuclear.
Na semana passada, Bush chamou o ditador norte-coreano, Kim Jong Il, de "tirano" e disse que havia concordado com as negociações entre seis países para convencer o regime comunista a se desarmar porque os EUA não poderiam fazê-lo sozinhos.
A próxima rodada de negociações -que inclui China, Japão, Rússia e Coréia do Sul- deveria acontecer no final de setembro. Mas a Coréia do Norte agora levanta dúvidas sobre o processo ao afirmar que não participará dos encontros preparatórios.
A Coréia do Norte aumentou o nível dos ataques pessoais contra Bush. Uma nota da Chancelaria o chamou de "imbecil político desprovido até mesmo de uma moral elementar como ser humano e uma pessoa ruim" e o acusou de ter começado a Guerra do Iraque "para cometer genocídios".
"Bush é um tirano que ofusca Hitler, e o seu grupo de tiranos é um típico bando de gângsteres políticos", diz a declaração, que também afirma que a Coréia do Norte aumentará "mil vezes" sua capacidade de defesa.
Especula-se que a Coréia do Norte esteja buscando adiar a próxima rodada de negociações para depois das eleições presidenciais de novembro, esperando obter uma oferta melhor de um eventual governo democrata -algo que Pyongyang nega.
Os EUA têm pressionado a Coréia do Norte a divulgar todas as informações sobre suas atividades nucleares e a permitir monitoramento internacional antes de receber concessões. O regime comunista quer ajuda energética, suspensão das sanções econômicas e a saída do país da lista de Washington com países que apóiam o terrorismo.


Com agências internacionais


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