|
Texto Anterior | Índice
AMÉRICA LATINA
Índice da Universidade Torcuato Di Tella, que vai até 5, apura 2,07 em agosto, contra 3,22 em fevereiro
Popularidade do governo Kirchner tem baixa recorde
CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES
A confiança dos argentinos no
governo do presidente Néstor
Kirchner atingiu o nível mais baixo desde o início de sua gestão,
em maio do ano passado, segundo levantamento mensal feito pela Universidade Torcuato Di Tella. O índice de medição de confiança utilizado pela universidade
caiu 37% desde o início do governo e 25% nos dois últimos meses.
O índice varia de 0 a 5 pontos. O
pico de confiança foi em fevereiro, quando o índice atingiu 3,32
pontos. Em agosto, registrou-se o
mais baixo: 2,07 pontos. Foram
entrevistadas 800 pessoas por
amostragem nos principais centros urbanos do país.
A pesquisa mede a confiança no
governo, não no presidente. Mas
Kirchner, eleito com 21% dos votos, também tem perdido popularidade. Depois de ter chegado a
80% pouco antes de seu governo
completar um ano, a aprovação
do presidente caiu para 63%, segundo pesquisa divulgada pelo
jornal "La Nación" em julho.
De acordo com o cientista político Sergio Berensztein, coordenador da pesquisa da Torcuato Di
Tella, três fatores influenciaram
na queda da confiança no governo nos últimos meses: o aumento
da insegurança, a lenta recuperação econômica e a escalada dos
protestos sociais.
"Embora o governo tenha aumentado salários e aposentadorias, as reposições não acompanharam as perdas que os argentinos sofreram desde 2001", disse.
Para ele, a pesquisa revelou que
o aspecto do governo que gera
mais credibilidade é a capacidade
da administrar para resolver problemas e o de menor confiança foi
a capacidade de governar para a
população de um modo geral.
"Isso demonstra que o governo
ainda tem capital em termos de
credibilidade, portanto, ainda pode recuperar popularidade com
mudanças na administração, mas
tudo vai depender das variáveis
que possam ocorrer", disse.
Está marcada para quinta-feira
uma passeata que deverá reunir
milhares de pessoas. O protesto
está sendo organizada por Juan
Carlos Blumberg, pai do adolescente Axel Blumberg, seqüestrado e morto no início do ano.
As petições de Blumberg, que
tornou-se um ativista contra a
violência, no Congresso já conseguiram causar várias mudanças
na Justiça. A última delas foi a
mudança na pena máxima de 25
para 50 anos, aprovada na semana passada.
Texto Anterior: Impasse nuclear: Coréia do Norte emperra diálogo Índice
|