DA REDAÇÃO

Segundo colegas e conhecidos, quem via Matti Juhani Saari pelos corredores da Escola de Hospitalidade de Kauhajoki, onde são ministrados cursos como turismo, enfermagem e economia doméstica, não poderia prever o episódio de ontem, que resultou em dez mortes na pequena cidade finlandesa de 14 mil habitantes.
"Ele era um cara normal, calmo. Nada de mais. Ele tinha vários amigos, era fácil de conversar, se dava bem com os outros e não era uma pessoa solitária. Nada que pudesse ter dado uma idéia de que algo como isso poderia acontecer", disse a estudante Susanna Keranen em frente à escola.
Saari, que estudava artes culinárias, escreveu em um site de relacionamentos que morava sozinho com o seu gato e considerava-se ateu e misantropo. Apesar disso, dizia-se interessado em encontrar amigos e conhecer pessoas.
A exemplo do atirador do massacre de Jokela, outra cidade do interior finlandês, há menos de um ano, Saari era um admirador da banda de rock industrial KMFDM, além de de heavy metal. Fã de filmes de terror, Saari dizia gostar também de computadores, armas, sexo, cerveja e bateria.
Saari já havia colocado uma foto da pistola automática Walther P22 com a qual realizou o massacre de ontem na internet e mencionado em um site de encontros. Junto, escreveu que procurava uma mulher, mas não queria filhos.